Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Cenário

Arthur Neto diz que manifestação dos professores foi ‘eleitoreira’

Arthur Neto diz que manifestação dos professores  foi ‘eleitoreira’

Arthur Neto se reuniu com secretários para buscar meios de impedir novas manifestações (Semcom)

Coluna Cenário

Em nota enviada à imprensa, o prefeito Artur Neto (PSDB) afirmou que a manifestação realizada, nesta sexta-feira, 22, pelos professores da Secretaria Municipal de Educação (Semed) em frente à sede da Prefeitura de Manaus  foi eleitoreira.

O protesto fez centenas de alunos ficarem sem aula nas escolas já que os professores tiveram que parar o trabalho para estar no encontro de hoje, reivindicando seus direitos e nem a chuva forte os fizeram desistir de lutar pelo que eles acreditam.

De um lado, os educadores cobram o pagamento do abono referente ao recurso residual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2016 que é e R$ 109 milhões. Já o prefeito disse que usou o dinheiro para pagar promoções salariais dos educadores.

Arthur criticou a atitude dos trabalhadores e disse que as conquistas na Educação foram obtidas por meio do “diálogo”. “Todas as conquistas que tivemos na Educação de Manaus foram através do diálogo sincero, mostrando quais os nossos limites e fazendo aquilo que é possível para promover melhorias.  Não acredito em avanços que venham da falta de conversa, do confronto e da visão de uma minoria partidária que se utiliza da inocência de alguns professores para fazer manifestação eleitoreira”, disse.

Mas o ato que o prefeito insiste em dizer que não é legítimo, na verdade, é um direito que todo trabalhador tem ao constatar que seus direitos não estão sendo atendidos pela parte do empregador. Na história, sabe-se que as legislações  trabalhistas só passaram a existir  e vigorar após grandes protestos de trabalhadores, muitas vezes combatidos com violência.

O grande problema é que Arthur, mesmo tendo sido um dos maiores opositores do Parlamento brasileiro, não sabe lidar com a opinião contrária e, quando está no Executivo, gosta de viver de factoides para alimentar sua imagem midiática em detrimento do que realmente foi eleito para fazer: administrar com responsabilidade.