Manaus, 1 de junho de 2024
×
Manaus, 1 de junho de 2024

Manchete

Arthur Virgílio e Marcos Rotta deixaram dívida de R$ 3 milhões da campanha de 2016

Arthur Virgílio e Marcos Rotta deixaram dívida de R$ 3 milhões da campanha de 2016

Rotta e Arthur: em campanha pela reeleição em 2016 ( Foto: Milena di Castro)

Da Redação do Amazonas1

A chapa do  prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), com seu vice, Marcos Rotta (PSDB), declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) que deixou uma dívida de R$ 3,1 milhões com fornecedores que prestaram serviços durante sua campanha à reeleição, em 2016.

Entre os credores que o prefeito e seu vice deixaram no prejuízo está o marqueteiro Marcos Martineli, que trabalhou a imagem do político para o pleito e informou que ingressou com uma ação na Justiça para cobrar R$ 900 mil que não foram pagos à sua empresa, a Via Mercosul Consultoria e Marketing.

TSE

Dados do DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontam que Arthur e Rotta gastaram, durante a campanha, cerca de R$ 3 milhões a mais do que arrecadou. Foram doados para alavancar a candidatura do tucano R$ 4,31 milhões, mas os gastos superaram os R$ 7,55 milhões. O limite de gastos, à época, era de R$ 8,49 milhões, mas eles ultrapassaram. 

Na plataforma do TSE a empresa de Martineli aparece como a segunda no ranking de fornecedores, com 12,37% do valor relativo às despesas de campanha. Foram R$ 900 mil reais gastos com a Via Mercosul, que só perdeu para a Time Produções, com R$ 1,1 milhão. 

A maior parte das despesas não pagas pelo núcleo financeiro da campanha são relacionadas à publicidade, produção de vídeos, adesivagens, panfletos, combustível, material de expediente, confecção de santinhos e consultoria em marketing e estratégia eleitoral – essa última prestada pela Via Mercosul, com parcelas de R$ 300 mil, totalizando R$ 900 mil.

Em matéria divulgada no Jornal A Crítica, nesta semana, Marcos Martineli informou que decidiu ingressar na Justiça para cobrar o valor combinado para a prestação do serviço, porque só havia recebido R$ 120 mil até agora. 

Consultado se a despesa caracteriza algum tipo de irregularidade dentro da prestação de contas de Arthur, a assessoria do TER informou em nota que “na prestação de contas foi registrada divida de R$ 3.104.443,20, que poderiam ser pagos até  o prazo fixado para a prestação de contas da eleição subsequente para o mesmo cargo (Res.23.463/2015 Art. 27. §3º, II)”, ou seja, em 2020.

Em nota, PSDB/AM informou que “possui dívidas da campanha 2016 registradas no TRE/AM. Entre estas dívidas há sim, conforme questionado, pendências junto ao marketing da campanha”. 

O partido também respondeu sobre as dívidas com Martinelli. “Em relação a este credor, o PSDB/AM esclarece que foi feita uma renegociação da dívida em comum acordo. Os pagamentos das parcelas estão atualizados e com a devida ciência da parte interessada. O partido reforça que mantém amplo diálogo com todos os seus fornecedores e colaboradores”.