MANAUS, AM – O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), criticou a gestão de Ernesto Araújo frente ao Ministério das Relações Exteriores. Arthur fez a crítica em uma série de três posts em seu perfil no Twitter na tarde desta segunda-feira (10).
De acordo com o político, é preciso encontrar explicações para o uso da cloroquina como tratamento para a covid-19. Arthur chamou o medicamento de “ineficaz”, e questiona porque se considerou o remédio como mais importante que a vacina. “Itamaraty mobilizado por um governo negacionista”, afirmou.
Algo precisa ser explicado: Por que um medicamento ineficaz foi considerado mais importante que a vacina, que comprovadamente ajuda a reduzir os riscos da contaminação? #cpidapandemia
— Arthur Virgílio (@Arthurvneto) May 10, 2021
“A corrida pela cloroquina foi comandada pelo presidente Bolsonaro e começou ainda em março. Espanta o fato de que até novembro não houve qualquer mobilização para compra de imunizantes”, comentou Arthur.
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Entenda o caso
No último domingo (9), o jornal Folha de S. Paulo obteve telegramas nos quais o ex-ministro mobilizou o Itamaraty para garantir o fornecimento de hidroxicloroquina ao Brasil. Segundo os documentos, as tratativas para a obtenção do medicamento junto a laboratórios indianos começaram ainda em abril de 2020. Na época, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que a hidroxicloroquina estava sendo estudada como tratamento para a covid-19.
Ernesto Araújo será ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal, no dia 18 de maio. A CPI ainda deve questionar o ex-ministro se houve algum prejuízo na aquisição de insumos e vacinas devido à política externa adotada por ele. O depoimento estava marcado, inicialmente, para a próxima quinta-feira (13), no entanto, teve que ser adiado.
Nesta semana, a Comissão deve ouvir os depoimentos do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, e do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Até agora, os parlamentares já ouviram os ex-ministros da Saúde Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta, e o atual ministro, Marcelo Queiroga.
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