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A cantora amazonense Carol Martins uniu a música lírica e a beleza da Amazônia no videoclipe ‘Liric Amazon’, lançado na última terça-feira, 22 de dezembro, no Youtube e no perfil @carolmartinslima no Instagram. Cantando ‘Bachianas brasileiras’ do compositor Heitor Villa-Lobos, um dos principais nomes da música clássica no Brasil, Carol traz com ‘Liric Amazon’ uma linguagem moderna e experimental em meio às trilhas e à floresta do Museu da Amazônia (MUSA).
“O Heitor sempre traz elementos amazônicos e ‘Bachianas brasileiras’ me chamava a atenção, pois é um canto difícil de ser explorado e executado por um soprano. Ela tem esse choro inicial, depois canta poesia e mistura com os instrumentos de corda que no caso do ‘Liric Amazon’ nós utilizamos o violoncelo, violino e violão”, disse Carol sobre a escolha da música usada no projeto.
Carol, que possui quase 20 anos de carreira na música lírica e ocupa uma das cadeiras de imortal na Academia Amazonense de Música, conta que o projeto surgiu através de um sonho em que ela caminhava em uma trilha e admirava a mata, a água e os sons produzidos pela natureza.
“Eu pensei em fazer esse projeto para mostrar a importância e a beleza da nossa Amazônia, que tanto tem sofrido com o desmatamento nos últimos anos. Além disso, acredito que a floresta tem seu próprio canto e efeitos sonoros, seja através do canto dos pássaros ou da chuva que cai sobre ela. Existe música na natureza e é isso que eu falo no ‘Liric Amazon’”, afirma Carol.
O projeto ‘Liric Amazon’ foi contemplado pelo Prêmio Conexões Culturais – Lei Aldir Blanc pela ManausCult, lei que prevê auxílio financeiro ao setor cultural no Brasil. O videoclipe foi filmado tanto no MUSA quanto no Teatro Amazonas e teve a direção e roteiro de Francis Madson, produção executiva de Klindson Cruz e direção de arte de Eduardo Klinsmann.
Do Liceu de Artes e Ofício Cláudio Santoro à Academia Amazonense de Música
Carol Martins iniciou a carreira no canto lírico aos 16 anos de idade quando estudou iniciação musical no Liceu de Artes e Ofício Cláudio Santoro, localizado no bairro Dom Pedro em Manaus. Aos 20 anos, a cantora prestou concurso para o Coral do Amazonas, principal e único coro lírico da cidade, onde ela permanece há 19 anos.
Protagonista de óperas importantes como La Traviata e Kawah Ijen, Carol também é formada em psicologia e atua como cantora lírica, mas se classifica como crossover. “O crossover me permite passear por vários estilos diferentes, mas obedecendo as suas características principais, ou seja, posso cantar do lírico ao popular sem descaracterizar cada estilo”, disse ela.
Em novembro de 2019, Carol tomou posse de uma das cadeiras de imortais da Academia Amazonense de Música.
*Com informações da assessoria
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