Manaus, 3 de maio de 2024
×
Manaus, 3 de maio de 2024

Cidades

Associação de professores faz campanha contra retorno das aulas nas escolas públicas

A entidade deflagrou paralisação geral por tempo indeterminado contra o retorno das aulas presenciais

Associação de professores faz campanha contra retorno das aulas nas escolas públicas

Foto: Divulgação

O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) emitiu uma carta aberta, no final da tarde de domingo (9), pedindo que os pais e responsáveis por alunos da rede pública estadual não enviem os filhos às unidades de ensino, a partir desta segunda-feira (10).

Leia mais: Professores da rede pública decidem não retornar às aulas presenciais em Manaus

No último dia 5, a entidade deflagrou paralisação geral por tempo indeterminado contra o retorno das aulas presenciais em Manaus, anunciado pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), fim do mês passado. Após a deflagração, começou a contagem de 72 horas para instalar a greve.

“O-Asprom Sindical comunica à sociedade manauara que a partir desta segunda-feira, 10, os professores e pedagogos que atuam nas escolas de Ensino Médio da Seduc em Manaus já estarão em greve, por tempo indeterminado, contra o retorno das aulas presenciais nestas escolas e em defesa da vida”, diz um trecho da carta.

Leia mais: Professores deflagram greve geral contra retorno das aulas presenciais em Manaus

No texto, eles voltaram a defender que as escolas públicas não têm estruturas e nem condições de retornar às aulas na data estabelecida, uma vez que a pandemia da covid-19 ainda não está controlada.

Segundo a entidade, não houve reformas nas janelas das salas de aula e salas de professores bem como testagem em massa de trabalhadores e alunos para identificar os assintomáticos. Além disso, o grupo afirma que não houve controle rígido sobre o transporte coletivo urbano.

Leia mais: Sindicatos reagem ao anúncio de retorno das aulas presenciais em Manaus

“Todos sabemos que, mesmo com a pandemia, os ônibus continuam circulando superlotados e sem nenhuma fiscalização do poder público. É certo que os adolescentes e trabalhadores em educação irão se contaminar dentro dos ônibus se forem obrigados a retornarem ao trabalho presencial nas escolas”, alega o Asprom Sindicial.

Ainda de acordo com a categoria, a greve é feita somente pelos professores e pedagogos que atuam nas escolas de Ensino Médio. A paralisação não atingirá os trabalhadores do Ensino Fundamental, que continuam realizando o trabalho remoto, trabalhando em casa.