Manaus, 19 de maio de 2024
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Economia

Aumento no preço do gás de cozinha pega amazonense de surpresa

Aumento no preço do gás de cozinha pega amazonense de surpresa

(Foto: Reprodução)

Fegás estima que com o reajuste, preço do botijão de 13 quilos possa variar de R$68 a R$ 72. Com a aplicação da nova fórmula de preços anunciada pela Petrobras, o GLP-P13 deve ter um aumento médio nas refinarias de 6,7%, neste mês. (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)

Da Redação

O anúncio do aumento do preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, feito pela Petrobras, nessa quarta-feira (4), pegou as revendedoras e os consumidores amazonenses de surpresa. Ainda se recuperando do último aumento no preço do botijão ocorrido em março deste ano, o superintendente da Amazongás, Pedro Ferreira afirma que apesar de, a partir desta quinta-feira (8) já começar a comprar o produto com o preço reajustado, ainda não será possível repassar o novo preço ao consumidor final.

“Recebemos hoje a informação de que amanhã o preço é outro. Não temos como fazer uma mudança a partir da meia-noite de hoje porque é necessário calcular a tabela. Infelizmente os reajustes da Petrobras são sempre assim, de um dia para o ouro. Em março houve um reajuste também”, ressaltou.

A estimativa da Federação das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito do Amazonas (Fegás) é de que, com o reajuste o preço do botijão de 13 quilos possa variar de R$68 a R$ 72.

Com a aplicação da nova fórmula de preços anunciada pela Petrobras, o GLP-P13 deve ter um aumento médio nas refinarias de 6,7%, neste mês. Foi informado ainda que os reajustes serão mensais. Nos meses seguintes, o valor do reajuste será calculado “pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu convertida em Reais pela média diária das cotações de venda do dólar, conforme divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%”, explica o comunicado.

A última mudança nos preços do insumo foi informada pela Petrobras, no dia 17 de março deste ano, com o GLP para uso residencial vendido em botijões de até 13 quilos subindo 9,8%, em média. O reajuste entrou em vigor à zero hora do dia 21 de março.

Até então, o reajuste mais recente datava de setembro de 2015.

Na ocasião, a companhia estimou que, caso repassado integralmente ao consumidor, o botijão de 13 quilos poderia subir 3,1% ou cerca de R$ 1,76 por botijão, mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

Para Samuel Santos, gerente de uma revendedora credenciada da Amazongás, no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, o reajuste no valor do botijão acaba deixando os revendedores numa posição desconfortável com o cliente. Comercializando a botija de 13 quilos por R$ 53 mais a taxa de entrega no valor de R$ 2, Santos afirma que a revendedora deve segurar o preço atual pelo menos até conseguir avisar os fregueses sobre a mudança.

“Deveríamos estar vendendo o botijão por R$ 57, mas como os clientes reclamam, o patrão prefere não reajustar. Até porque, a botija de 13 quilos é a que mais vende. Temos uma saída diária de no mínimo 15 unidades”, destacou.

Síndico de um condomínio residencial com 592 unidades consumidoras, no bairro Tarumã, zona oeste, Saulo Saraiva conta que se surpreendeu com o anúncio da companhia levando em consideração que recentemente o empreendimento foi informado sobre o aumento no preço do insumo. “A empresa que nos fornece manda só o comunicado e no próximo reabastecimento já temos que arcar com o novo valor. Hoje, o custo com o gás representa um dos principais gastos do condomínio, com um consumo mensal de 2 mil metros cúbicos (m³), uma fatura de mais de R$ 8 mil”, disse.