Manaus, 1 de maio de 2024
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Economia

Balança comercial brasileira registra mais exportações em março

O superávit da balança comercial até a terceira semana de março foi de US$ 2,8 bilhões segundo a Secretaria de Comércio Exterior

Balança comercial brasileira registra mais exportações em março

As exportações de soja tiveram um aumento de 6,2% até a terceira semana de março (Foto: Arquivo Agência Brasil)

Brasília (DF) – A soma das exportações e importações brasileiras até a terceira semana do mês de março teve crescimento de 7,7% e o saldo comercial registrou aumento de 53,8%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

No mês, as exportações aumentaram 13,6% pela média diária, as importações recuaram 0,4%, a corrente de comércio apresentou crescimento de 7,7% e o saldo comercial, aumento de 53,8%.

Apenas na terceira semana de março, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,8 bilhões e corrente de comércio de US$ 12,7 bilhões, resultados de exportações no valor de US$ 7,7 bilhões e importações de US$ 4,9 bilhões.

Tabela de exportações em US$ milhões (Fonte: MDIC)

Exportações em alta

No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 63,1 bilhões e as importações, US$ 51,1 bilhões, com saldo positivo de US$ 12,0 bilhões e corrente de comércio de US$ 114,2 bilhões.

No acumulado do ano, pela média diária em relação a janeiro a março de 2022, as exportações apresentam aumento de 1,6%, importações apresentam queda de 1,2%, a corrente de comércio, aumento de 0,3% e o saldo comercial, crescimento de 15,5%.

Exportações

Até a terceira semana de março, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 4,3% em Agropecuária, que somou US$ 5,00 bilhões; crescimento de 46,9% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 5,85 bilhões e, por fim, crescimento de 2,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 8,78 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações.

Na agropecuária, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de arroz com casca, paddy ou em bruto (638,8%), milho não moído, exceto milho doce (7.088,6%) e soja (6,2%).

A indústria extrativa deu sua contribuição com outros minerais em estado bruto (135,7%), outros minérios e concentrados dos metais de base (67,0%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (111,8%).

Na Indústria de Transformação, o setor de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas registrou 32,4%, açúcares e melaços ficaram em 51,2% e farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos) e farinhas de carnes e outros animais com 30,9%.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Trigo e centeio, não moídos (-26,0%), Café não torrado (-32,9%) e Algodão em bruto (-61,3%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-23,6%), Minérios de cobre e seus concentrados (-38,2%) e Minérios de níquel e seus concentrados (-100%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-26,0%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-37,4%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-82,2%) na Indústria de Transformação.

Menos importados

Já o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -21,6% em Agropecuária, que somou US$ 0,23 bilhões; queda de -0,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,06 bilhões e, por fim, crescimento de 0,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 11,44 bilhões. A combinação destes resultados motivou a queda das importações.

O movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (-41,5%), Soja (-69,7%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-63,9%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-15,8%), Pedra, areia e cascalho (-11,1%) e Gás natural, liquefeito ou não (-65%) na Indústria Extrativa ; Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-26,4%), Maquinaria de papel e celulose, máquinas de corte de papel e fabricação de artigos de papel, e suas partes (-92,4%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-32,3%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de queda, os seguintes produtos tiveram aumento: Cevada, não moída ( 63,0%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (15,0%) e Cacau em bruto ou torrado ( 219,0%) na Agropecuária; Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 66,5%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado ( 37,2%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (21,5%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 29,7%), Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (19,2%) e Veículos automóveis de passageiros (68,6%) na Indústria de Transformação.

(*) Com informações do MDIC

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