Manaus (AM) – O Banco Mundial divulgou na terça-feira (9) o documento intitulado “Equilíbrio Delicado Para a Amazônia Legal Brasileira: Um Memorando Econômico”, em que a entidade defende a revisão do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). Entre as críticas à autarquia estavam os benefícios tributários.
No documento, o Banco Mundial afirma que os benefícios fiscais que consolidaram a ZFM não estimularam o crescimento, desenvolvimento e produtividade da região e pede a reavaliação dos benefícios concedidos pela Constituição brasileira.
O relatório cita que, nos estados amazônicos, residem 28 milhões de pessoas em estado de pobreza, em sua maioria nas áreas urbanas, que estão sob o guarda-chuva da indústria.
“Se conseguirmos reduzir o custo da logística para o estado do Amazonas, o ganho seria muito maior do que os incentivos e os subsídios oferecidos; há muito espaço para essa transformação estrutural”, disse Marek Hanusch, economista líder e coordenador do relatório do Banco Mundial.
Defesa do modelo
O deputado federal Saulo Vianna (União Brasil) posicionou-se contra os ataques do relatório do Banco Mundial. Em nota, o parlamentar sugeriu à entidade que busque “uma melhor compreensão da ZFM, que leiam outro estudo, da Fundação Getúlio Vargas, de 2019, que comprova a correlação direta entre o modelo Zona Franca e a conservação do meio ambiente, que no caso do Amazonas, conta com 97% da sua floresta em pé”.
LEIA MAIS:
- ‘Vale do Silício Baré’: a nova configuração do CBA após decreto
- Estratégias de preservação do modelo ZFM na reforma tributária
- ‘Suframa tem que deixar de ser um puxadinho, como no governo passado’, afirma Pauderney
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.