AMAZONAS/AM- O município de Barreirinha (a quilômetros 331 da capital) entrou em situação de emergência devido a subida das águas dos rios que banham a região. O anúncio foi feito nas redes sociais da prefeitura municipal, na quarta-feira (5). Segundo a publicação, o prefeito em exercício, Ridson Barbosa, assinou o Decreto Nº 276/2021 instaurando a medida.
O documento tem duração de 90 dias e, segundo o Executivo Municipal, considerou “o transbordamento do Paraná do Ramos e do rio Andirá em 2021 está próximo de superar a cota recorde registrada em 2009, ano em que a cheia dos rios deixou grandes prejuízos no município de Barreirinha.”
Com a decretação de situação de emergência, o município autorizou a convocação de voluntários para reforçar as ações de respostas ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos para facilitar as ações de assistência. Ao menos, 22 comunidades ribeirinhas e nove bairros da sede municipal já foram afetados pelas inundações.
Super cheia
As chuvas acima da média que atingem o estado do Amazonas desde o início do ano estão provocando grandes inundações ao longo das bacias dos rios Negro e Solimões, segundo o Serviço Geológico do Brasil. Manaus e outros municípios próximos também estão em alerta para cheias entre junho e julho.
A projeção é de que rio Negro atinja a cota máxima de 29,45 metros (m) neste ano.
Álibi
Vale destacar que muitos prefeitos usam do artifício de decretos de calamidade pública para realizar contratações de serviços e aquisições de bens sem licitação. Nesse cenário, as chamadas empresas ‘faz tudo’ acabam sendo favorecidas dos gestores nos certames.
Em Barreirinha, K K V DE SÁ SOUZA E CIA LTDA é uma dessas que vem faturando vários contratos com o prefeito Glênio Seixas. Nos últimos meses, por exemplo, o Portal AM1 mostrou que ela, que tem especialidade no serviço de “logística do transporte de carga”, já foi responsável pelo fornecimento de materiais de cozinha com custo total de R$ 1 milhão.
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Em janeiro deste ano, a K K V também foi contratada para prestar serviços de agenciamento de viagens, que custaram R$ 703 mil aos cofres públicos. Mas, antes disso, em setembro do ano passado, outro contrato foi firmado para o mesmo serviço, pelo valor de R$ 109 mil.
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No mês passado, a empresa administrada por Keila Kaliane Varelia de Sa Souza e José Rocielle Andrade de Souza conseguiu, ainda, mais R$ 128 mil dos cofres públicos municipais para fornecer materiais de cozinha.
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CONFIRA DECRETO NA ÍNTEGRA
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