Manaus, 4 de maio de 2024
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Manaus, 4 de maio de 2024

Política

Base governista quer limitar ações da oposição na CPMI sobre 8 de janeiro

Vice-líder do governo no Congresso, Lindbergh Farias (PT-RJ) afirma ter apoio de maioria dos deputados para atuar na CPMI

Base governista quer limitar ações da oposição na CPMI sobre 8 de janeiro

Deputado Lindbergh Farias: "Essa CPMI vai ser tiro no pé dos bolsonaristas” (Foto: Câmara dos Deputados)

Brasília (DF) – A base governista na Câmara dos Deputados tentará impedir a participação de parlamentares bolsonaristas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos de 8 de janeiro. O principal alvo seria o deputado André Fernandes (PL-CE).

Na quinta-feira (20) o vice-líder do governo no Congresso, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que os situacionistas, deputados e senadores, não aceitarão o deputado André Fernandes como presidente da comissão.

Segundo a liturgia parlamentar da Câmara, por ser autor do pedido da CPMI, Fernandes teria direito a um relevante posto na comissão, no caso, o de presidente. Anseio já manifestado pelo bolsonarista.

A ação oposicionista está sendo combatida por Farias, o qual afirmou, em entrevista, que o corpo jurídico do PT já estuda a obstrução do nome de Fernandes e que o bloco governista terá presidência e relatoria da CPMI justificadas pela maioria do colegiado.

“Nunca aceitaríamos que esse deputado (Fernandes), que está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por esse ato, seja presidente da comissão”, disse o petista.

“Ele é interessado na causa, está sendo julgado e pode ser condenado (…) ele chamou o ato do 8 de janeiro”, completou. Fernandes é um dos investigados pelo STF por possível envolvimento nos atos que depredaram a Praça dos Três Poderes em Brasília. Na época o deputado oposicionista havia publicado vídeos convocando apoiadores do antigo presidente a marcharem sobre Brasília.

Como vai funcionar a CPMI

O formato misto da comissão garante a participação de 15 deputados e 15 senadores, respeitados os tamanhos das bancadas. Pelos cálculos de Lindbergh Farias, a base governista tem 11 das cadeiras no Senado, incluindo nomes que foram destaque na CPI da Covid como Omar Aziz, Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Humberto Costa.

Farias também conta com, afirma o próprio, nove a 11 deputados que apoiariam o governo na CPMI. Ao lembrar que a comissão é originada de um pedido da base oposicionista, o senador petista foi enfático. “Essa CPMI vai ser tiro no pé dos bolsonaristas”, disse.

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