Manaus, 6 de maio de 2024
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Política

Bolsonaro chama recepção a Lula por Macron de provocação

Sob gestão do atual presidente do Brasil, o governo tem relações conturbadas com a presidência da França, de Macron

Bolsonaro chama recepção a Lula por Macron de provocação

SÃO PAULO, SP – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em entrevista à rádio Sociedade da Bahia, que encarou como uma “provocação” a recepção dada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada, em Paris.

O encontro teve protocolo reservado a chefes de Estado e ocorreu durante viagem de Lula à Europa.

Desafeto de Bolsonaro, Macron promoveu a conversa em um momento em que a relação entre Brasil e França está abalada. O presidente francês é crítico ferrenho da política ambiental do atual governo brasileiro. Ele chegou a vetar qualquer acordo comercial com o Mercosul, falando em ‘crime de ecocídio’ por parte do Brasil.

Questionado se considerava a recepção ao ex-presidente uma provocação, Bolsonaro disse que sim e atacou o presidente francês.

“Parece que é uma provocação, sim. Será que o serviço de inteligência dele [Macron] não sabe quem foi o Lula aqui ao longo dos oito anos dele e mais seis de Dilma, o que foi feito no Brasil?”, disse Bolsonaro.

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Na sequência, Bolsonaro disse que Macron “sempre foi contra” seu governo por ser um concorrente em relação a exportações agrícolas e “sempre bateu” em sua gestão pelas questões ambientais.

“O que interessa para alguns países do mundo é ter alguém sentado nessa cadeira que eu estou aqui simpático à política deles.”

Bolsonaro disse ainda que Macron teria “um problema” com ele e que os ataques ao Brasil são injustos. “Interessa mais a ele (Macron) ter uma pessoa passiva, corrupta como é o Lula, aliado dele, no futuro do que eu”, completou.

O encontro na França durou uma hora e teve o meio ambiente na pauta. Segundo o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que acompanhou o petista, Lula e Macron não tocaram diretamente em “assuntos internos” do Brasil, como as eleições de 2022.

(*) Com informações do Uol

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