Manaus, 29 de março de 2024
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Política

Bolsonaro deve recorrer a ‘plano B’ caso voto impresso não seja aprovado

Presidente diz que quer contagem pública dos votos caso o voto impresso não seja aprovado; Bolsonaro também disse que tem problema com Barroso

Bolsonaro deve recorrer a ‘plano B’ caso voto impresso não seja aprovado

Foto: Reprodução

BRASÍLIA, DF – Caso a proposta do voto impresso não seja aprovada no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai recorrer à contagem pública dos votos. A afirmação foi feita durante entrevista do próprio presidente nesta segunda-feira (12), no Palácio do Planalto, após reunião com o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na entrevista, o presidente assumiu um tom ameno, e disse que vai continuar atuando dentro das “quatro linhas da Constituição”. Ele disse ter feito a mesma recomendação ao advogado geral da União, André Mendonça, que foi seu indicado para o STF.

Em relação ao voto impresso, Bolsonaro disse que quer a medida, mas que vai respeitar a vontade do Parlamento. No entanto, ele afirmou que vai querer a contagem pública dos votos. “Isso já é lei, e está garantido, e caso não haja o voto impresso, vamos querer”. A proposta está prevista no artigo 59 da lei no. 9.504/1997, que dispõe sobre as eleições.

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Fraude em 2014

O presidente voltou a afirmar que houve fraude nas eleições de 2014. Na entrevista aos veículos de imprensa, ele disse que conversou com uma pessoa que diz ter havido fraude no pleito, que elegeu Dilma Rousseff (PT) para a Presidência.

“Essa pessoa vinha fazer a demonstração da fraude de 2014, mas está com covid-19 e bastante debilitada. Se essa pessoa melhorar, ele virá ao Palácio, e eu vou convidar a imprensa para assistir a apresentação dele. É algo realmente difícil de não acreditar na possibilidade de fraude”, apontou.

Segundo o presidente, a pessoa que fez a apresentação e que poderia provar a possível fraude afirmou um caso que ocorreu no interior da Bahia, onde uma família inteira teria votado em um candidato, e o candidato recebeu zero votos na localidade.

“Isso vem acontecendo no Brasil, com muitas reclamações. E se o ministro do Tribunal Superior Eleitoral diz que é confiável, você vai recorrer a quem? Esse alguém, a instância final, é o próprio TSE, vai dizer que as urnas estão certas. Mas a grande verdade é que precisamos ouvir o povo”, salientou.

Problema com Barroso

Bolsonaro reconheceu que seu único problema, atualmente, é com o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. À imprensa, o presidente da República disse que não tratou com Fux sobre a proposta do voto impresso. “Ele é uma pessoa bastante discreta, e reafirmou que isso cabe ao Tribunal Superior Eleitoral”.

Bolsonaro disse que não consegue entender a posição de Barroso, que é um dos principais opositores do voto impresso. Segundo o presidente, Barroso, está tendo um “ativismo legislativo que não é concebível.

“Eu tenho problema com um ministro apenas, que é o ministro Barroso. Acredito que mais uma maneira de tornar as eleições mais transparentes deva ser motivo de aplauso por parte dele, porque ele não é uma pessoa qualquer. Nós não conseguimos entender a posição dele em relação a isso, que é justamente algo que a população quer”, completou.

(*) Com informações da CNN Brasil.

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