Foto: Marcelo Camargo
Nesta sexta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, por determinar a abertura de uma comissão de inquérito (CPI) para investigar possíveis omissões do governo federal em relação ao combate a pandemia da covid-19.
Na noite de ontem (8), Luís Roberto concordou com o pedido de liminar feito pelos senadores Alessandro Vieira (SE) e Jorge Kajuru (GO). Ambos alegaram suposta omissão da Casa na instalação da CPI, diante de um requerimento colhido com assinaturas o suficiente de senadores para abrir a comissão.
Em conversa com os apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que o objetivo da CPI é desgastar o governo federal.
“A CPI não é para apurar desvios de recursos de governadores, é para apurar, segundo está na ementa do pedido de CPI, omissões do governo federal, ou seja, uma jogadinha casada Barroso-bancada de esquerda no Senado para desgastar o governo. Eles não querem saber do que aconteceu com os bilhões desviados por alguns governadores e alguns poucos prefeitos também”, disse. “Lá dentro do Senado tem processo de impeachment contra ministro do Supremo Tribunal Federal. Quero saber se o Barroso vai ter coragem moral de mandar instalar esse processo de impeachment também. Pelo que me parece falta coragem moral para Barroso e sobra ativismo judicial”, falou o presidente.
O Supremo declarou em nota oficial divulgada na tarde desta sexta-feira (9) que as decisões da Corte são tomadas conforme a Constituição e leis e ressalta que questionamentos contra essas medidas devem ser feitos pelas vias recursais.
“O Supremo Tribunal Federal reitera que os ministros que compõem a Corte tomam decisões conforme a Constituição e as leis e que, dentro do estado democrático de direito, questionamentos a elas devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país”, diz a nota oficial.
(*) Com informações Agência Brasil
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