BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio e falou pela primeira desde o segundo turno das eleições, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou. O chefe do Executivo falou com apoiadores por aproximadamente 15 minutos, encorajando seus eleitores.
“Eu me responsabilizo pelos meus erros”, disse o presidente, no Palácio do Alvorada. Bolsonaro saiu a pé da residência oficial e acenou para apoiadores que estão concentrados no local antes mesmo do fim do jogo entre o Brasil e a Croácia.
“Já disse muitas vezes a vocês. Eu perguntava: ‘O poder emana do povo?’. Depende de quem o povo escolhe para representar. Porque, se o poder emanasse do povo somente pelo povo, Cuba não seria uma ditadura, nem a Venezuela. Devemos ver o que aconteceu nos outros países para que nós não venhamos a cometer exatamente o mesmo erro. Nada está perdido”, disse.
Vestidos de verde e amarelo e abraçados a bandeira nacional, alguns dos apoiadores entoavam gritos de “eu autorizo”.
“Vocês estão se comportando de forma democrática, se manifestando de acordo com nossas leis. Vocês são cidadãos de verdade. E está na hora de parar de ser tratado como outra coisa aqui no Brasil”, declarou. “Vamos acreditar, vamos nos unir. Criticar só quando tiver certeza absoluta. Buscar alternativas, e cada um vê o que pode fazer pela sua pátria”, acrescentou.
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Bolsonaro está ao lado do candidato a vice-presidente nas eleições deste ano, o general da reserva Braga Netto, do ex-ministro do Turismo Gilson Machado e do jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio, além de seguranças.
Entoando gritos pró-Bolsonaro, os apoiadores do chefe do Executivo começaram a ocupar o palácio presidencial antes mesmo do fim da disputa contra a Croácia. Após um jogo muito nervoso, com direito a dois gols na prorrogação, o Brasil não resistiu à Croácia e foi eliminado da Copa do Mundo do Catar nos pênaltis.
Desde o resultado das eleições, apoiadores do atual presidente se reúnem para manifestar repúdio à vitória nas urnas de Lula. Na capital federal, simpatizantes ocupam a Base Administrativa do Quartel-General do Exército Brasileiro, pedindo intervenção militar.
(*) Com informações de Metrópoles
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