Manaus, 6 de maio de 2024
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Cenário

Braga defende plantio da cana-de-açúcar na Amazônia com ‘responsabilidade’

Senador do Amazonas usou suas redes sociais para defender o posicionamento e afirmar que isso pode ser feito em áreas degradadas e sem uso da região

Braga defende plantio da cana-de-açúcar na Amazônia com ‘responsabilidade’

O senador Eduardo Braga (MDB/AM) - (Foto: Divulgação)

Em vídeo publicado em suas redes sociais na noite deste domingo, 10, o senador Eduardo Braga (MDB) defendeu o decreto presidencial nº 10.085/19, assinado na semana passada, em que permite o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia e no Pantanal. A medida derruba decreto anterior, baixado em 2009, em que justamente fazia essa proibição.

No entanto, Braga ressalta que esse plantio seja feito em áreas degradadas e que hoje estão abandonadas na região, desmatadas e sem uso e que não deram certo nem para a pecuária e nem para outro tipo de agricultura, mas que “pode dar certo para a cana-de-açúcar”.

“Não estou defendendo que tenhamos que desmatar áreas novas para plantar cana. Não vejo nenhum problema. O que estou dizendo é que temos na Amazônia milhões de hectares de terra que foram desmatados, que estão sendo tomados pela vegetação rasteira e, que, esse plantio de cana-de-açúcar nessas áreas podem trazer benefícios econômicos, sociais e até ambientais”, disse o senador.

Braga observou que, após a colheita da cultura, a cana pode agregar material orgânico à terra, o que possibilitaria um restabelecimento do PH corrigido da terra, colocando a agricultura da Amazônia num novo patamar.

Mas, frisou, o plantio da cana-de-açúcar na região teria que ser com responsabilidade, sem aumentar as áreas desmatadas, ocupando áreas degradadas.

Ele, inclusive, relembrou que já existe uma iniciativa neste sentido, da empresa Jaioro, que planta a cultura em áreas degradadas no município de Presidente Figueiredo.

Braga disse ainda que, uma vez esse plantio se tornando real na Amazônia, a região poderia desenvolver uma usina de etanol, produzindo o combustível a um preço acessível. “Queremos, sim, a sustentabilidade da Amazônia. Queremos, sim, que a floresta em pé valha muito mais que a derrubada, mas não podemos ficar olhando milhares e milhares de hectares (de terra) se degradando na Amazônia e sem um fim econômico que possa gerar emprego e renda na região.”