
(Fotos: Arquivo/Agência Brasil)
Brasília (DF) – Apesar de liderarem seus partidos na Casa Alta do Congresso Nacional, os senadores do Amazonas não foram escolhidos para presidir nenhuma das 16 comissões permanentes do Senado.
Nessa quarta-feira (19), foram divulgados os nomes que vão ocupar as presidências das comissões. Conforme o Portal AM1 havia noticiado anteriormente, Plínio Valério (PSDB), Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) ficaram de fora das cadeiras decisivas para os grupos de discussão e votação parlamentar.
Braga foi escolhido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para relatar a segunda parte da reforma tributária, que institui o comitê gestor, o PLP 108. Mesmo com todo o esforço da reforma tributária, o parlamentar do MDB ficou de fora da linha de presidentes. Da sigla, assume a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o senador Renan Calheiros (AL).
Para o analista político Alexandre Bandeira, a primeira moeda na banca de negociações é o tamanho do partido, ou do bloco parlamentar. Atualmente o MDB compõe o bloco da Democracia com 25 senadores na Casa e pode negociar a presidência das comissões.
“No final das contas, é este peso que faz o encaminhamento das votações no Plenário das duas casas (Câmara e Senado). É pelo tamanho do partido que se abre a prerrogativa do DIREITO DE ESCOLHA, onde as maiores bancadas partidárias fazem as escolhas das comissões mais importantes”, disse o especialista.
Falta de articulação política?
Além da proporcionalidade, o peso do nome do parlamentar também conta na hora da escolha do partido, Otto Alencar, por exemplo, foi uma decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil- AP), assim como Renan Calheiros (MDB) para a CAE.
Segundo o cientista político Pedro Koenigen, os senadores do Amazonas possuem experiência política e perder a vaga na presidência de uma comissão não significa necessariamente falta de articulação.
“Eduardo Braga já foi governador, ministro de Estado. Omar Aziz também foi governador e já é um nome bastante conhecido no Senado. Plínio Valério está no primeiro mandato, mas é líder do seu partido. (…) o acordo entre as siglas interfere bastante na escolha dos nomes e pode ter até influência do Executivo nas eleições das comissões”, disse Koenigen.
Confira a lista de quem assume cada comissão:
- Renan Calheiros – (MDB-AL) CAE;
- Damares Alves (Republicanos-DF) – CDH;
- Marcos Rogério (PL/RO) – CI;
- Flávio Arns (PSD-PR) – CCT;
- Marcelo Castro (MDB-PI) – CAS;
- Prof. Dorinha Seabra (União Brasil- TO) – CDR;
- Fabiano Contarato (PT-ES) – CMA;
- Zequinha Marinho (PODE-PA) – CRA;
- Otto Alencar (PSD-BA) – CCJ;
- Teresa Leitão (PT-PE) – CE;
- Dr. Hiran (PP-RR) – CTFC;
- Nelsinho Trad – (PSD-MS) – CRE;
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – CSP e
- Leila Barros (PDT-DF) – CESP
As comissões de Comunicação e Direito Digital e de Defesa da Democracia continuam com presidências indefinidas.
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