Senador Plínio Valério (Foto: Divulgação /Agência Senado)
A Comissão Externa Temporária criada no Senado para investigar as mortes do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo, nesta segunda-feira (20), “não pode fazer muito, mas pode pressionar as investigações”, na opinião do senado Plínio Valério (PSDB-AM).
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“Aquelas pessoas que foram expulsas de suas moradias com a demarcação da área indígena, não tem nada, a não ser a floresta e o rio para explorar. As políticas públicas não chegam até lá.
Esse conflito já dura há mais de dez anos”, disse o senador ao Portal AM1.
Presidida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), hoje pela manhã, durante a primeira reunião da Comissão foi aprovado o plano de trabalho e requerimentos, que inclui uma audiência com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, marcada para 14h desta quarta-feira (22).
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A reunião será feita em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos (CDH). No mesmo dia, por volta das 10h, os senadores pretendem ouvir também representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).
Para a Comissão de Direitos Humanos, além da gravidade da morte de duas pessoas, que comoveram o Brasil e o mundo, há a constatação de que aquela região do Brasil é uma área praticamente sem lei, dominada pelo narcotráfico transnacional. “Cabe a nós apurarmos também denúncias de que outras atividades são financiadas pelo narcotráfico com o objetivo de disfarçar e ter ao lado pescadores ilegais e garimpeiros”.
Também no dia de ontem, o barco usado pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista Dom Phillips, quando foram mortos na região do Vale do Javari, foi encontrado. A embarcação estava a cerca de 20 metros de profundidade no rio Itaquaí, onde as vítimas foram assassinados no último dia 5. O local foi apontado pelo terceiro suspeito preso por envolvimento no crime.
No barco foram colocados seis sacos de areia para dificultar a localização, segundo a polícia. O motor de 40 cavalos de potência também foi encontrado.
Dom e Bruno
O jornalista britânico Dom Phillips estava na região do Vale do Javari (AM) realizando pesquisa para um livro que escrevia sobre a região da Amazônia.
Já o indigenista Bruno Pereira, era servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai), e acompanhava Dom Phillips em um trabalho investigativo sobre pesca e extração de madeira ilegal na área.
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