Manaus, 18 de maio de 2024
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Cidades

Cantora de forró morre após atentado em bar no município de Tabatinga

A vocalista Yara Castelo Branco, 28, ainda foi socorrida com vida para a UPA, mas morreu minutos depois de dar entrada

Cantora de forró morre após atentado em bar no município de Tabatinga

Yara morreu na UPA de Tabatinga (Foto: Reprodução/Facebook)

A cantora Yara Castelo Branco, 28, morreu na noite de sexta-feira, 13, após ser baleada dentro de um bar no município de Tabatinga (distante a 1.108 quilômetros de Manaus). Outras quatro pessoas foram atingidas por tiros durante o crime.

Segundo informações de um morador ao Amazonas1, que preferiu não se identificar, a vocalista da banda “Forró dos 3” se apresentava no bar “Bico do Doce”, que pertence ao radialista Otávio Souza, quando dois homens chegaram ao local em uma motocicleta.

Os suspeitos entraram no estabelecimento localizado na rua Rui Barbosa, no bairro São Francisco, e começaram a atirar aleatoriamente em direção a um grupo de policiais, que se protegeu atrás das mesas.

No tiroteio, Yara e outras quatro pessoas foram baleadas.

As vítimas foram socorridas e levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Maternidade de Tabatinga.

Apesar dos esforços, Yara não resistiu aos ferimentos.

Entre as vítimas do atentado está um professor da rede pública estadual, identificado apenas como “Neiry Araújo”, da Escola Estadual Duque de Caxias.

Ele foi atingido com um tiro na perna, que fraturou o fêmur

O professor irá passar por uma cirurgia. Outras três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, seguem internados na UPA.

O crime ocorreu na rua Rui Barbosa, bairro São Francisco (Foto:Divulgação)

Após o crime, testemunhas relataram que os pistoleiro fugiram pela rua Marechal Rondon, que dá acesso à cidade de Letícia, na Colômbia.

Informações dão conta que os policiais seriam alvos dos criminosos.

O crime será investigado pela Polícia Civil, que ainda não se pronunciou sobre o atentado.

Operações

Ao Amazonas1, outro morador, que também preferiu não se identificar por medo de represálias, disse que o atentado está ligado às operações da polícia na cidade de Tabatinga, que resultaram em prisões e apreensões de drogas.

“Policiais civis da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Tabatinga, em ação conjunta com policiais militares lotados do município e Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) realizaram varreduras nos bairros e revista no presídio. Essas ações nos últimos dois meses resultaram em apreensões de drogas e armas, além de prisões. Acredita-se que essas operações tenha sido um duro golpe para traficantes colombianos e brasileiros”, disse.

Atentados

O médico colombiano Rogelio Alonso Campuzano Cachaya, 44, foi baleado quando saía da sua clínica juntamente com a namorada, no centro de Tabatinga.

O crime ocorreu por volta das 22h do dia 13 de janeiro deste ano.

O médico, que foi candidato a deputado estadual pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), em 2018, sobreviveu após ser atingido por tiros na cabeça e no ombro.

Em outro caso, Maxciel Pereira dos Santos, 31, funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai) foi assassinado com dois tiros na noite do dia 6 de setembro de 2019.

A vítima trabalhava na frente de proteção Etnoambiental no Vale do Javari.

Maxciel conduzia uma motocicleta na avenida da Amizade, fronteira com a cidade Letícia, na Colômbia, quando dois homens em outra moto emparelharam.

O garupa efetuou três disparos na cabeça do colaborador da Funai, que ainda socorrido pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital do Exército.

Após a morte de Maxciel, policiais da Força Nacional foram enviados para a base flutuante de fiscalização da Funai na confluência dos rios Ituí e Itacoaí, em Tabatinga.