Manaus, 2 de maio de 2024
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Cenário

Carências nos municípios do AM causam proibição de festas, diz PGJ

Declaração foi dada em resposta a prefeitos que criticaram órgãos fiscalizadores por barrarem shows em 2022

Carências nos municípios do AM causam proibição de festas, diz PGJ

Procurador-Geral de Justiça, Alberto do Nascimento Júnior (Foto: Antônio Mendes/Portal AM1)

MANAUS – A nova diretoria da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) foi empossada nessa segunda-feira (02) e fez críticas aos órgãos fiscalizadores que proibiram a realização de shows contratados com verbas públicas por prefeituras ao longo de 2022.

Ao Portal AM1, antes da solenidade, o Procurador-Geral de Justiça (PGJ) do Amazonas, Alberto do Nascimento Júnior, esclareceu que as proibições são feitas com base nos gastos exorbitantes com as festas, em detrimento do atendimentos às carências que os municípios apresentam.

“O importante, que tem que ser colocado, é a forma de gestão. Essas festas são geralmente proibidas ou mesmo são questionadas no Judiciário em razão, muita das vezes, da carência do município, em demandas como a Saúde, a Educação, na esfera social, inclusive. Então quando o município tem uma gestão de excelência e ele vai ao ministério público e demonstra isso, esses eventos geralmente são liberados sem problema nenhum”, frisou.

Leia mais: Prefeituras do AM vão buscar mais verbas e terão setor para planejar festas

O chefe do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) também afirmou que o orgão está “aberto ao diálogo” e pronto para alinhar ações com os municípios. Ele ainda reconheceu a importância das festividades para o setor cultural e para a economia, e acrescentou:

“A gente não só acompanha a questão da improbidade administrativa, mas também combate a corrupção para que o país cresça, pelo menos de uma maneira humana”.

O novo presidente da AAM, prefeito Anderson Sousa, anunciou que a associação terá um setor exclusivo para orientar os chefes do Executivo e elaborar projetos relacionados às festas.

Durante a solenidade, Sousa chegou a cobrar o procurador-geral do MP-AM. Anteriormente, o prefeito já havia afirmado que irá “lutar”pelas festas no interior. As críticas vieram acompanhadas de outra demanda dos prefeitos: a escassez de recursos para serviços essenciais.