Manaus, 19 de maio de 2024
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Cidades

Mãe de Lucas diz que donos do Vitória não suportaram a traição e ‘acharam por solução matar meu filho’

Livânia Guimarães disse que espera que a justiça seja feita pelo filho, sargento Lucas Guimarães, e que o Exército foi afrontado com o crime

Mãe de Lucas diz que donos do Vitória não suportaram a traição e ‘acharam por solução matar meu filho’

Foto; Reprodução

MANAUS, AM – Em carta aberta divulgada nesta quarta-feira (1°), a mãe do sargento Lucas Ramon Guimarães, Livânia Guimarães, disse que o casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo “não souberam resolver seus problemas maritais”, e que, por isso, mandaram matar o sargento.

Na carta, dona Livânia escreve que tem o compromisso de lutar para que haja justiça pela morte brutal “e injusta” do sargento. Segundo ela, Lucas foi vítima de um casal que “não temos dúvidas de serem os culpados”, e que o real problema dos dois, que seria a traição, continua vivo.

“Estes são cônjuges que todos desta cidade conhecem, que não souberam resolver os problemas maritais e que acharam como solução matar meu filho. Mas, ironicamente, o real problema deles continua vivo: a traição. Matar alguém não resolve problema algum, cria-se outro. Agora eles terão que enfrentar, de fato, seus reais problemas além dos que criaram”, escreveu.

Leia mais: Caso Lucas: suspeito de matar sargento é preso em Manaus

A mãe do sargento ainda disse que espera que a Justiça seja feita, principalmente da parte do general Mansur, secretário de Segurança Pública (SSP) do estado. Ela disse estar convicta de que a pasta não vai deixar que o crime, cometido contra um militar fique impune.

“Neste momento, meu filho representa todos os militares do Exército Brasileiro e a Força de Segurança desse estado, representada pelos policiais. Essa força foi afrontada! Quem defende a pátria e a sociedade tem direito de ser defendido e protegido também. Mata-se um militar e fica por isso mesmo? Não! Não… e não”, escreveu.

O assassino

Livânia Guimarães ainda disse que o crime contra o filho oferece uma oportunidade de análise para profissionais do Direito e das Ciências Humanas. Segundo ela, existem diversas análises comportamentais a serem feitas, a começar pelo suspeito do crime, Silas Ferreira, de 26 anos. Na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o homem confessou o crime, e admitiu ter recebido mais de R$ 50 mil para matar o sargento.

“Que fatores levam um jovem de 26 anos a entrar no mundo do crime e submeter-se a mandantes de alto poder aquisitivo para assassinar e ainda fazer uso do dinheiro com orgias? Silas não disse que usou seu dinheiro para ajudar a mãe. Eis uma questão”, apontou.

Entenda o caso

Lucas Ramon Guimarães foi morto na noite do dia 1° de setembro, supostamente por Silas Ferreira. O sargento foi morto em sua cafeteria, na avenida Ayrão, Praça 14, na Zona Sul da capital, com três tiros na cabeça. O empresário teria sido morto a mando de Joabson Agostinho Gomes, depois que este descobriu que Lucas mantinha um caso extraconjugal com a esposa de Joabson, Jordana. Ela teria desfeito a relação depois que Joabson descobriu, mas também teria roubado cerca de R$ 200 mil do esposo e entregue para Lucas. O sargento devolveu o dinheiro.

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