Manaus, 5 de maio de 2024
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Cidades

Caso Sotero: quatro testemunhas já prestaram depoimentos nesta quinta-feira

Entre as testemunhas estão o policial que atendeu a ocorrência, uma mulher que presenciou o caso, um funcionário do Porão e um amigo da vítima

Caso Sotero: quatro testemunhas já prestaram depoimentos nesta quinta-feira

Alexandre Mascarenhas, amigo de Wilson Justo Filho, afirmou em depoimento que a vítima era prestativa, positiva, alegre e que nunca havia visto Wilson brigar. (Márcio Silva / Amazonas1)

O segundo dia de julgamento do delegado da Polícia Civil, Gustavo de Castro Sotero, acusado pelo de homicídio do advogado Wilson Justo Filho, ocorrido em novembro de 2017, iniciou um pouco mais cedo do que previsto, pouco antes das 9h desta quinta-feira, 28, no Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch Reis. Quatro testemunhas já foram ouvidas neste segundo dia de júri. 

Breno Guimarães de Souza, um dos policiais militares que atendeu ao chamado de ocorrência no dia do crime, Shelle Silva da Rocha, que estava no dia da festa e presenciou a situação, Waleandro Silva, funcionário do Porão do Alemão à época do caso, e Alexandre Mascarenhas, amigo do Wilson que estava com ele no dia da morte do advogado, foram as testemunhas que já foram ouvidas pela acusação e defesa, respectivamente.

Mascarenhas é o que a defesa alega que foi para cima de Sotero no dia da briga, e que ainda está sendo ouvido pelo Promotor de Justiça, George Pestana, que representa o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que questionou sobre a atuação dele e de Wilson enquanto atuavam com o deputado Silas Câmara, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Pestana perguntou à Mascarenhas sobre ligação com Wilson e teve como resposta que eles eram conhecidos há pouco mais de dois anos antes da morte do amigo. “Ele nunca foi de lutar, nunca mexeu com a mulher de alguém, bebia socialmente”, disse Alexandre.

Ainda segundo Alexandre Mascarenhas, todos que conheciam Wilson na Aleam o tinham como prestativo, dizendo que ele era sempre positivo, alegre e que nunca havia o visto brigar. No dia do ato, ele detalha também o que aconteceu antes de Wilson ser morto.

“Estávamos no apartamento dele. Ele (Wilson) estava feliz com a compra do apartamento e convidou os amigos para uma confraternização. A turma foi a primeira a conhecer o local”, depôs.

Nesse dia, ainda houve um amigo oculto feitos pelos presentes da confraternização, realizada na área de lazer do condomínio, que foi disponibilizada até às 23h da noite. Questionado sobre se o momento se estendeu por muito tempo, Alexandre disse que sim. “Atrasou tudo, ainda saímos para comprar as coisas, mas encerrou às 11h (da noite) porque o horário tinha expirado”, disse Alexandre, que completou informando que eles limparam tudo antes de sair para continuar a reunião entre amigos no Porão do Alemão.

Alguns amigos ainda foram deixados em suas casas e apenas cinco, dos que estavam na confraternização, quiserem continuar a festa na casa noturna. A partir desse momento, o promotor passou a pedir para Mascarenhas detalhar qual sua participação na boate.

De acordo com Mascarenhas, Wilsson começou a ficar incomodado com Sotero, que estava olhando para a esposa do advogado, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira. “Olhei rapidamente e vi que ele estava parado”, disse. Alexandre também foi ouvido brevemente pelos advogados assistentes de acusação.

Alessandro Albito, Joyce Pacheco e Lukedso (sobrenome não informado), devem prestar depoimento ainda nesta quinta-feira, 28.