Em homenagem aos 350 anos da cidade de Manaus, o Amazonas1 foi até o Centro da capital para conhecer histórias de vida de comerciantes e vendedores, que, mesmo com tantos problemas, encontraram no local um sonho: ‘vencer’.
Há 41 anos, Luis Leal de Macedo, ou ‘Seu Luizinho’, de 62 anos, resolveu seguir o ramo da família e viver das vendas de roupa e acessórios. Hoje, casado e com dois filhos, ele diz que, apesar de receber propostas para sair do lugar e ter um emprego fixo, jamais pensou em sair do lugar.
“Aqui sou livre, sou meu próprio chefe, aqui converso com os outros comerciantes e todos se ajudam. Se eu tivesse um outro emprego, não iria gostar, principalmente, de ser mandado”, diz Seu Luizinho, que também é professor de Jiu-Jistsu há 20 anos.
Para Luizinho, que viveu diversas fases do Centro comercial de Manaus, ainda estar trabalhando no local é um sentimento de gratidão. “Espero estar trabalhando aqui por muito mais anos. São 350 anos e venho para o centro desde 1978, todas as manhãs. O meu desejo é que haja mais segurança para todos e Manaus cresça ainda mais”
Uma cidade que abriga sonhos
No período áureo de Manaus, quando a riqueza e economia era oriunda da borracha e a Zona Franca de Manaus (ZFM) vivia sua era de ouro, muitos estrangeiros (assim como brasileiros de outros estados) passaram a querer morar e construir sua vida na ‘Paris dos Trópicos’, como mostram os livros de história. O Centro da capital, passou a ser um dos lugares mais procurados dos empresários da época.
Em 2019, ainda são muitos os donos de lojas do Centro que são de descendência japonesa, chinesa ou de outros países. Como é o caso de Amed Ihmoud, natural da Jordânia, que chegou à capital amazonense no ano 2000 em busca de uma vida melhor. Em Manaus ele conheceu sua esposa, com quem casou e teve três filhos. Hoje, aos 37 anos, ele é gerente da loja do tio, na rua Marechal Deodoro, no Centro e é apenas um dos diversos estrangeiros que decidiram ter a cidade como sua terra.
“O sonho de todo comerciante é um movimento bom, e esperamos que as vendas aumentem cada vez mais e esperamos, também, que o Centro seja um lugar mais seguro, pois é isso que todos os comerciantes solicitam, assim a tendência é da clientela aumentar cada vez mais”, enfatiza.
Mercado Municipal
Como em boa parte do Centro comercial, o Mercado Municipal também abriga histórias de superação e pessoas que saíram das suas cidades, estados e até países. Através de seus esforços, esses migrantes e imigrantes comercializam diversos produtos, inclusive os regionais. Esse é o caso de Amazônia S. Takeda.
A japonesa, que tem um nome peculiar e nada comum, já é feirante no mercado Municipal de Manaus há mais de 50 anos. Ela explicou que cresceu vendo seus pais trabalhando para sustentar seus irmãos e a ela. A família, que morava anteriormente no interior do Amazonas, veio para a cidade grande visando as melhorias para um futuro digno.
Mãe de duas filhas, que são formadas graças ao seus esforços na box do caju, Amazônia tem orgulho do que conquistou como feirante em um dos espaços mais históricos da economia manauara.
Confira a entrevista com Amazônia S. Takeda:
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