Manaus – Depois de faltar o encontro em que a bancada federal entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal contra decretos do presidente Jair Bolsonaro que prejudica a ZFM, o deputado bolsonarista Delegado Pablo (UB) apareceu no ato em defesa da Zona Franca de Manaus, nesta quarta-feira (11), em Brasília.
O deputado vinha se ausentando do encontro com os políticos do Amazonas, mas não deixava de comentar sobre o assunto, enquanto era cobrado em suas redes sociais. Na primeira reunião sobre o assunto, logo após o primeiro decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) em que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Pablo responsabilizou o ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo decreto que prejudica a ZFM.
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Na reunião desta quarta-feira, Pablo destacou que é a favor da Zona Franca de Manaus, além de destacar que não compactua com os erros e “política criminosa” que possa ferir o modelo econômico do Amazonas.
“Muito se fala na integração do nosso país e a Zona Franca ultrapassa a lógica de ser uma simples área de incentivos fiscais. Sempre cataloguei a Zona Franca de Manaus como local de redução de desigualdades. O nosso país não é igual, pelo contrário, ele é desigual, e quem vive na Região Amazônica sofre com essas desigualdades, desigualdade de acesso a tudo, saúde, educação, segurança pública e principalmente geração de empregos”, disse.
Apesar de pontuar as questões e esclarecer a visão dos políticos e eleitorado sobre o seu posicionamento a respeito da defesa da Zona Franca, anteriormente o parlamentar não havia comentado sobre o assunto. Quando o ministro do Supremo Tribunal Federa, Alexandre de Moraes, suspendeu o decreto, por exemplo, ele apenas informou nas redes sociais, mas não se posicionou.
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Outro ponto é que o deputado é apoiador do presidente Bolsonaro e, por vezes, tentou responsabilizar o ministro Paulo Guedes sobre o decreto que prejudica a ZFM. Inclusive, o parlamentar defendeu o presidente e afirmou que ele era a favor do Polo Industrial de Manaus.
“Não compactuamos com nenhum erro, nenhuma falha, nenhuma política criminosa que afete a Zona Franca. Fico feliz que essa ideia tenha sido colocado na mesa para discutirmos esse assunto em efeito técnico. Uma coisa que me entristece é quando baixamos a questão para o olhar político. Somos todos políticos, mas a política não pode reduzir o assunto saindo do técnico e atingindo as pessoas que vivem da Zona Franca de Manaus”, comentou.
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O deputado ainda afirmou que “todas as políticas que foram colocadas pelo governo sobre a Zona Franca de Manaus são incapazes de trazer a pungência e a força de empregabilidade que a Zona Franca tem”.
“A Zona Franca não precisa acabar para que se pense em soluções que a substituam ou a que a complementem. A Zona Franca de Manaus, para o bem do Brasil, precisa ser defendida e é um patrimônio de todos os brasileiros”, finalizou.
A bancada federal entrou com a ação no STF sem a assinatura de Pablo e do deputado Capitão Alberto Neto (PL), que tem ficado de fora dos atos liderados pela bancada, mas ressaltou que está “dialogando todos os dias com o Ministério da Economia pra encontrar uma solução para baixar os impostos em todo o país sem prejudicar a ZFM”.
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