Manaus, 29 de março de 2024
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Cenário

Chefe da PF no AM pede que STF investigue ministro do Meio Ambiente por crimes ambientais

De acordo com Alexandre Saraiva, ações do ministro Ricardo Salles, do senador Telmário Mota (Pros) e do presidente do Ibama, Eduardo Bim, atacam a causa ambiental.

Chefe da PF no AM pede que STF investigue ministro do Meio Ambiente por crimes ambientais

Fotos: Jander Robson e Sergio Lima

Manaus, AM – O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia crime, pedindo para que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, seja investigado por possíveis crimes ambientais.

A informação foi divulgada nessa quarta-feira (14), no blog de Jorge Pontes, do site da Revista VEJA. Além de encaminhar ao ministro do STF, Luiz Fux, a denúncia também foi enviada ao Ministério Público Federal e à direção-geral da Polícia Federal.

De acordo com as informações, o documento possui 38 páginas com detalhes e argumentos que enquadram Ricardo Salles, o senador Telmário Mota (Pros) e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, nos crimes previstos no Artigo 69 da Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais), Art. 321 do Código Penal (Advocacia Administrativa) e Artigo 2o, § 1o da Lei 12.850/2013 (Organização Criminosa).

Os possíveis crimes teriam ocorrido durante a Operação Handroanthus, que, capitaneada pela Superintendência Regional no Amazonas, foi responsável pela apreensão recorde de aproximadamente 200.000 m3 (duzentos mil metros cúbicos) de madeira em toras extraídas ilegalmente por organizações criminosas que atuam na região.

No início do mês, inclusive, Alexandre Saraiva rebateu críticas de Ricardo Salles justamente sobre essa operação.

Leia mais: Chefe da PF no Amazonas rebate críticas de Salles: ‘não vai passar boiada’

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Saraiva disse que é a primeira vez que vê um ministro do Meio Ambiente se manifestar de maneira contrária a uma ação que visa proteger a floresta amazônica.

As críticas de Salles ocorreram no final de março, quando ele esteve no Pará, realizando uma espécie de verificação da operação. O ministro apontou falhas na ação e tem dito que há elementos para achar que as empresas investigadas estão com a razão.

Leia o documento

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