“O Hissa sabe da determinação do partido, é uma pessoa muito respeitada e querida. Sabe que a tarefa não será simples. Vai examinar com prudência e abrir o diálogo com todo mundo. Mas pelo meu gosto ele é o candidato, sim”. A declaração é do vice-presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, que chancelou o nome do ex-vice-prefeito de Manaus, Hissa Abrahão, como candidato do partido nas eleições municipais de 2020.
Ciro está em Manaus para uma agenda de dois dias onde, na noite desta quinta-feira, 28, participou de um encontro com militantes do PDT local no auditório Eulálio Chaves, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
“Nós da direção nacional tiramos a diretriz que o PDT vai lançar candidato próprio em todas as cidades e capitais com mais de 300 mil habitantes. Vamos oferecer ao povo brasileiro uma alternativa ao bolsonarismo e ao petismo. Principalmente nessas cidades mais politizadas. E o Hissa sabe dessa determinação do partido”, afirmou Ciro Gomes.
Questionado se já está articulando a sua campanha para prefeito, Hissa Abrahão foi cauteloso, porém confirmou sua pré-candidatura à prefeitura. “Estamos avaliando (a candidatura) e há um caminho propício para chegar em março ou abril com a possibilidade de candidatura, sim”, revelou.
Zona Franca de Manaus
Ciro Gomes criticou e chamou de “proposta estúpida” a intenção do governo Bolsonaro de abrir a Amazônia para o garimpo. “Isso é uma proposta estúpida e só possível de ser afirmada por alguém que nunca conheceu o Brasil de verdade. Bolsonaro explora um sentimento de abandono do povo amazônida tem em relação ao poder central. E teve uma votação extraordinária por causa disso. Porém, é um grosseiro equívoco (o garimpo)”, declarou Ciro.
Para Ciro é preciso a criação de incentivos fiscais adicionais para levar o Modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) para os municípios do interior. “É preciso verticalizar e interiorizar o modelo dela (ZFM), porque ao longo do tempo o governo central abandonou esses esforço”, disse.
Renúncia
Ciro afirmou que nos próximos 2 anos o país passará por pressões em decorrência “da falta de escrúpulos do presidente Bolsonaro” mas que o “mundo político não cometerá o mesmo erro do impeachment da Dilma”.
“Existem bastidores e conversas onde todo mundo está assustado com a absoluta falta de escrúpulos do Bolsonaro. Como ele consegue criar problemas desnecessários, como erodiu as relações internacionais do país. Nós estamos numa situação onde ninguém quer o impeachment, mas todo mundo está vendo que do jeito que está não vai dar. Eu tenho um palpite que nos próximos dois anos, ele (Bolsonaro) irá renunciar”, declarou Ciro Gomes.
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