
(Foto: Lincoln Ferreira / Sejusc)
Manaus (AM) – Com foco em discutir políticas públicas voltadas às pessoas de 0 a 17 anos, a 11ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente teve início nesta quarta-feira (26), no Auditório Belarmino Lins, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
Após o Anuário de Segurança Pública ter trazido o Amazonas em primeiro lugar no ranking de violência sexual infantil, o tema deste ano na conferência é a “Situação dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes em tempo de pandemia da Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para a reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”.
Rosalina Lôbo, secretária executiva dos Direitos da Criança e do Adolescente (Sedca) destacou que o trabalho para implantar o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente, que ofertará todos os serviços às vítimas em um só espaço.
“O Governo Lula publicou diretrizes para todas as áreas dos direitos humanos e nele existe um capítulo específico que trata de crianças e adolescentes. Além disso, temos números impactantes do último Anuário da Segurança, na qual estamos em primeiro lugar no ranking de violência sexual infantil, e a Sejusc vem contribuir, principalmente, com a pauta do Centro Integrado, que é uma forma de dar um atendimento integrado às vítimas e temos trabalhado para que o Centro entre em operação”, frisou.
A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Alcione Reis, diz que os membros da rede de proteção e os demais atores buscam as melhorias para a infância e adolescência.
“São dias de discussão, de propostas que incluem o protagonismo juvenil, para que nosso estado tenha melhores propostas em cinco eixos temáticos e que estão sendo discutidos na pós-pandemia, com propostas para os gargalos abertos nesse período”
Protagonismo juvenil
Jovens de 45 municípios do Amazonas vieram a Manaus para participar da Conferência, uma delas foi a Evelyn Pires, da Delegação de Coari (a 363 quilômetros de Manaus). A jovem participou da conferência municipal e agora estava satisfeita em poder contribuir em nível estadual, mostrando as necessidades e ideias de melhorias na sua cidade.
“A gente tem regiões marginalizadas e precárias lá em Coari, principalmente para crianças e adolescentes, que faltam apoio e cuidado, como saúde e educação. Nós temos uma mobilização forte lá e estamos aqui para mostrar que temos voz, opinião, e que nada sobre nós deve ser discutido sem nós”, afirmou a jovem.
A Conferência acontece até a sexta-feira (28), a partir das 14h.
(*) Com informações da assessoria
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