Manaus, 16 de maio de 2024
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Manaus, 16 de maio de 2024

Política

Confusão marca começo do segundo dia de Pazuello na CPI

Os senadores entraram em um bate-boca e a sessão precisou ser interrompida

Confusão marca começo do segundo dia de Pazuello na CPI

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

BRASÍLIA, DF – O segundo dia de depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, iniciou em clima tenso na CPI da Covid. O senadores Marcos Rogério (DEM-RO),  Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) protagonizaram um bate-boca sobre o uso da cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com covid-19 e a gestão do presidente Jair Bolsonaro; sessão desta quinta-feira (20) precisou ser interrompida por alguns minutos.

Além disso, logo nos primeiros minutos da oitiva, Pazuello foi repreendido pelo presidente da comissão, Omar Aziz (MDB), por “enrolar” nas respostas.

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

“O senhor passou dois minutos e não disse nada. O que não tem no Exército é enrolação ou o cara é ou não é. Isso não vai acontecer hoje aqui”, disse Aziz.

Em seguida, o senador Eduardo Braga (MDB) pressionou o ex-ministro a pedir desculpas sobre o episódio em que Pazuello foi flagrado passeando em um shopping de Manaus, sem máscara.

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“É o momento, portanto, do senhor se desculpar dos brasileiros e dos manauaras pelo que aconteceu num domingo. Vossa Excelência foi ao shopping e, mesmo abordado pela autoridade local, Vossa Excelência estava sem máscara e transitando no shopping”, disse o senador.

Em resposta ao senador, o ex-ministro afirmou que naquela ocasião sua máscara havia caído no chão do carro e teria ficado “inutilizável”. Em seguida, Pazuello contou que entrou no shopping sem a máscara, mas que estava indo a uma loja comprar. “Naqueles 8 metros de entrada foi o suficiente para ser mal interpretado. Peço desculpas”, disse.

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O ex-ministro também foi questionado se era a favor dos protocolos de segurança, como uso de máscara e o distanciamento social. “Sim, eu concordo plenamente e fui divulgador pessoal sobre as medidas restritivas quanto ao uso de máscara, quanto aos cuidados pessoais e ao distanciamentos social seguro em ocasiões específicas”, respondeu.

Pazuello foi questionado, ainda, sobre a plataforma TratCov, que indicava medicamentos sem eficácia comprovada para pacientes com covid-19. Pazuello afirmou que a plataforma saiu do ar após ser “roubada”. “No dia que nós descobrimos que foi rackeado, ele foi tirado do ar imediatamente”, completou.