MANAUS, AM – O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello volta a enfrentar um contingente de mais de 20 senadores nesta quinta-feira (20). Novamente, o ministro vai sentar na cadeira de depoente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal.
O depoimento está marcado para iniciar ás 9h30 da manhã, no horário de Brasília. Diante de si, Pazuello terá que responder perguntas de um total de 24 senadores que estavam inscritos para inquiri-lo. Quem confirmou que o ministro voltará foi o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), em seu perfil no Twitter.
Suspendemos a sessão de hoje por conta do plenário do Senado. Ainda há 23 senadores inscritos. Voltaremos amanhã às 9h30.
— Omar Aziz (@OmarAzizSenador) May 19, 2021
A oitiva de Eduardo Pazuello na Comissão deveria se estender por toda a última quarta-feira, conforme as expectativas da comissão logo no início da manhã. A primeira parte, com as perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL) terminou por volta das 13h, quando os parlamentares pararam para almoçar.
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O dia, no entanto, foi marcado por interrupções, sendo que a última delas foi para a votação da ordem-do-dia. Neste intervalo, o ex-ministro teve um episódio de síndrome vasovagal, e o depoimento foi suspenso.
No momento do episódio, Pazuello desmaiou. Quem o socorreu foi o médico e senador Otto Alencar (PSD-BA), além dos médicos do próprio Senado. À CNN, entretanto, o general disse que não desmaiou ou passou mal, mas sim que seus pés incharam.
Também para esta quinta-feira, está marcado o depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. No entanto, tendo em vista a continuação da oitiva de Pazuello, o depoimento de Mayra Pinheiro não está confirmado.
Depoimento
O primeiro dia de oitiva de Eduardo Pazuello na CPI foi marcado por diversas polêmicas. Munido de um habeas corpus que o permitia ficar em silêncio quando fosse questionado sobre seus atos, o general informou que responderia a todas as perguntas.
Em seu depoimento, Pazuello tentou blindar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dizendo que ele não tinha ingerência sobre a pasta. O general também disse que o presidente nunca chegou a sugerir ou mandar que ele usasse hidroxicloroquina no tratamento precoce contra a covid-19.
O ex-ministro também afirmou, na Comissão, que foi informado da falta de oxigênio no Amazonas no dia 10 de janeiro de 2021. No entanto, em 18 de janeiro deste ano, Pazuello já havia dito que sabia do problema desde o dia 8 de janeiro.
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