BRASIL – A consultoria Alvarez & Marsal, que abrigou o ex-juiz e ex-ministro, Sergio Moro (Podemos), após ele deixar a magistura, recebeu a quantia de R$ 42,5 milhões em honorários de empresas que foram investigadas em processos presídios por Moro, em alvos da Operação Lava Jato.
Os dados estavam em segredo de justiça até essa sexta-feira (21), mas o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), retirou o sigilo desses documentos.
Confira abaixo a lista das peças que integram a investigação:
- Ministro Dantas retirou o sigilo do caso;
- Síntese do processo;
- Termos de compromisso de administração judicial da Alvarez & Marsal com empresas.
Conforme apurou o Tribunal de Contas acredita-se que a Alvarez & Marsal está tentando omitir o valor exato repassado a Moro. O Tribunal, no entanto, deve pressionar a consultoria até que a informação seja divulgada.
Dos R$ 42,5 milhões, a Alvarez & Marsal recebia mensalmente R$ 1 milhão da Odebrecht e da Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial); R$ 150 mil da Galvão Engenharia; R$ 115 mil do Estaleiro Enseada (que tem como sócias Odebrecht, OAS e UTC); e R$ 97 mil da OAS.
O TCU apura se houve conflito de interesses na contratação do ex-juiz Sergio Moro com a Alvarez & Marsal, responsável pelo processo de recuperação judicial da construtora Odebrech.
Moro atuou como juiz em diversos processos envolvendo a Odebrecht. Quando deixou a magistratura, passou a ocupar o cargo de sócio-diretor da Alvarez & Marsal.
A investigação conduzida pelo subprocurador-geral do MP (Ministério Público) junto ao TCU tenta entender quem recomendou os serviços da Alvarez & Marsal para as empresas que eram alvo da Lava Jato. A filial brasileira da consultoria tinha pouca ou nenhuma experiência no setor de construção pesada e infraestrutura até antes de 2014. Até a Lava Jato, por exemplo, a Alvarez & Marsal só tinha clientes do setor financeiro.
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