Manaus, 5 de maio de 2024
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Política

‘Covardia’, diz Bolsonaro ao criticar Moraes sobre ação por discurso de ódio

Moraes deu 48 horas para o presidente se manifestar sobre o assunto.

‘Covardia’, diz Bolsonaro ao criticar Moraes sobre ação por discurso de ódio

Foto: Divulgação| Planalto

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (15), por causa de um pedido do magistrado para que o presidente se manifestasse sobre uma suposta disseminação de discursos que incitam o ódio em um período eleitoral.

Como Moraes é também, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu 48 horas para o presidente se manifestar sobre o assunto. A determinação do ministro atendeu a uma ação que foi protocolada pela oposição na Justiça Eleitoral, depois da morte de um petista em Foz do Iguaçu, no Paraná, na última semana.

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Durante uma transmissão ao vivo nas suas redes sociais, Bolsonaro classificou a medida de Moraes como um “ataque” e uma “covardia”. O presidente disse ainda que foi “falta de consideração” do ministro e que Moraes tem de respeitá-lo e fazer o que ele quer, senão ele está com a caneta e pode tomar uma decisão a qualquer momento.

Disse também que é capaz de dizerem que ele está atacando o Supremo Tribunal Federal, e afirmou que a medida do Ministro sim, é que é uma “covardia”.

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Momentos depois, nas redes sociais, o presidente voltou a se manifestar sobre o assunto.

Veja:

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Discurso de ódio

A decisão de Moraes também abre prazo de dois dias para que o Ministério Público Eleitoral se pronuncie. O ministro argumentou que é necessário ouvir o presidente, uma vez que a ação pede “relevantíssimas consequências” para Bolsonaro.

A ação contra o presidente foi protocolada na terça-feira (13), pelos partidos Rede, PCdoB, PSB, PV, PSol e Solidariedade, em resposta à morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, por um apoiador de Bolsonaro, em 9 de julho.

Nesta sexta-feira (15), a Polícia Civil do Paraná concluiu que o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda não pode ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.

*Com informações do Metrópoles