Manaus, 3 de maio de 2024
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Cenário

CPI da Amazonas Energia ainda nem foi criada na CMM e já tem vereador falando em ‘pizza’

Autor do pedido, o vereador Rodrigo Guedes disse que confia nos demais vereadores para que a CPI não acabe em 'pizza'

CPI da Amazonas Energia ainda nem foi criada na CMM e já tem vereador falando em ‘pizza’

Foto: Robervaldo Rocha / CMM

O vereador Rodrigo Guedes (PSC) afirmou, na manhã desta quarta-feira (17), durante seu pronunciamento na Câmara Municipal de Manaus, que já tem as assinaturas necessárias para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a concessionária Amazonas Energia.

“Temos que trazer para cá essa responsabilidade. Não podemos virar as costas para a sociedade. A solução fácil já está acontecendo, que é de fazer pronunciamentos aqui, na CMM, que não dão em nada!”, justificou Guedes sobre a CPI.

Guedes disse que confia nos demais vereadores para que essa CPI não acabe em “pizza”. Ele disse, ainda, que o pedido é técnico e fático.

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“Eu não tenho medo nenhum dessa CPI dar em “pizza”, porque eu simplesmente confio em vossas excelências. Eu tenho certeza, mais do que absoluta, que os vereadores que estão  fazendo parte dessa CPI, que têm diversos poderes, nós vamos sim dar uma resposta a diversos consumidores manauaras e amazonenses, que sofrem com a tarifa mais cara de todo o país!”, ressaltou Guedes.

Porém, alguns parlamentares se manifestaram receosos quanto à abertura da CPI na Câmara Municipal. Um deles foi o vereador Raulzinho (PSDB), citado no pronunciamento de Rodrigo, que disse que não cabe à Câmara essa demanda: “Vou assinar [a abertura da CPI], mas devemos deixar claro para a população, que como a concessão é federal, a gente não pode intimá-los aqui, nem convocá-los, só podemos convidá-los”, disse.

“Se não der em nada, nós vamos levar uma pecha muito grande da sociedade e não é prerrogativa da Câmara a instauração de uma CPI contra a empresa. Há um risco muito grande desta Casa ser tachada, ao final desta CPI, de como os vereadores que não fizeram nada e de uma CPI que não deu em nada”, alertou Raulzinho.

Já Wallace Oliveira (Pros) disse que se reserva da assinatura da proposta, porque foi juridicamente orientado sobre as prerrogativas de uma CPI instalada dentro da CMM.

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“Infelizmente, alguns mecanismos não nos dão à sustentabilidade que queremos e temos limitações dentro do processo. Vamos continuar trabalhando e buscando o benefício da sociedade, e é isso que nós temos estabelecer aqui dentro do processo”, falou Wallace, explicando o porquê de não ter assinado o documento da CPI .

O vereador Lissandro Breval (Avante) disse que assinou o documento pela urgência da propositura e destacou que o povo passa por um momento de dor na pandemia provocada pela covid-19 e ainda passa pela suspensão do fornecimento de energia.

Vale destacar, que para instalação de uma CPI no Parlamento Municipal, é necessário, ao menos, um terço de assinaturas, do quadro de 41 vereadores, ou seja 14 assinaturas ao projeto.

Além da assinatura do parlamentar, mais 14 vereadores assinaram a propositura, entre eles: Antônio Peixoto (PTC ); Caio André (PSC); Daniel Vasconcelos (PSC); Eduardo Assis (Avante); Elan Alencar (Pros); Everton Assis (PSL); Ivo Neto (Patriota); Jaíldo Oliveira (PCdoB); Lissandro Breval (Avante); Raiff Matos (DC); Sandro Maia (DEM); Sassá da Construção Civil (PT); Thayssa Lippi (PTB) e William Alemão (Cidadania).