Manaus, 4 de maio de 2024
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Cenário

CPI, viagens e protesto: deputados voltam do recesso na Aleam

Mesmo com o retorno dos trabalhos na Aleam, de forma híbrida, a sessão desta terça foi considerada 'vazia' por grupo que manifestava na Casa

CPI, viagens e protesto: deputados voltam do recesso na Aleam

Foto: Divulgação

MANAUS, AM – A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) retornou aos trabalhos na manhã desta terça-feira (3), após 15 dias de recesso, com balanço das viagens dos parlamentares em diversas cidades do Amazonas e manifestação de Movimento Pardo-Mestiço, além de uma homenagem aos 50 anos da instalação de Colégio Militar de Manaus (CMM).

Sobre as viagens parlamentares durante o recesso, os deputados Cabo Maciel (PL); Álvaro Campelo (PP); Adjuto Afonso (PDT); João Luiz (Republicanos); Professora Therezinha Ruiz (PSDB) fizeram balanço das atividades realizadas nos interiores, bem como os encaminhamentos que foram dados na Aleam para as demandas da população amazonense.

Outro questionamento na volta dos trabalhos foi quanto à instauração da “CPI da Asfixia”, cobrada pelo deputado Wilker Barreto (sem partido), o qual pediu para que seus pares assinassem a extinta “CPI da Pandemia” para se juntarem à da Asfixia. Quem ainda não assinou a nova proposta foi Fausto Junior (MDB) e Nejmi Aziz (0PSD) – ambos de licença para tratamentos médicos.

Leia mais: Movimento negro aciona MPE e MPF contra PL rejeitado na Aleam

Manifestação

Logo no início da sessão, o Movimento Mestiço Pardo-Mestiço-Brasileiro do Amazonas realizava manifesto contra a aprovação de um Projeto de Lei aprovado na Aleam que coloca os pardos e negros na mesma cota para disputa de vagas na Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), autora da proposta.

A líder do Movimento, Elda Castro, afirma que é necessário vetar totalmente a proposta, pois considera o projeto como racista. O PL em questão é o de n.º 343/2021. “A gente veio manifestar sobre esse projeto e pedimos que seja vetado porque transforma os pardos, oriundos da mistura dos índios, brancos e negros do Amazonas, na cota de negros em concursos públicos da DPE-AM, esse projeto é racista. Como é que a gente vai chegar lá para pedir nossa cota dos pardos, ainda vão dizer que somos aproveitadores tendo em vista o nosso cabelo liso”, questionou a líder do Movimento.

Elda também reclamou do fato de não ter sido recebida por nenhum dos parlamentares e de não haver quórum para ouvir a solicitação do grupo que veio de Autazes, Iranduba e Careiro da Várzea. “Nós saímos dos nossos redutos por volta das 3h para vir aqui e sermos recebidos pelos deputados, já que diz que aqui é a “Casa é do povo”, mas eu não estou vendo essa recepção ao povo da capital e do interior que estão aqui. A gente ver uma plenária esvaziada, quase sem ter quórum para se fazer os trabalhos e simplesmente vemos o descaso com o povo – que não vieram falar com ninguém!”, disse Elda.

Homenagem

E para não perder o costume, a sessão foi encerrada por volta das 11h e retornou para realizar homenagem à implantação do Colégio Militar de Manaus, de autoria do deputado Delegado Péricles (PSL).

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