Foto: Ruan Souza / Semcom
MANAUS, AM – O início da vacinação contra a covid-19 em Manaus completou um ano nesta terça-feira (18), mas antes de as doses serem ampliadas para toda a população, a imunização contra o novo coronavírus foi marcada por polêmicas protagonizadas pela nova gestão da Prefeitura de Manaus, comandada pelo prefeito David Almeida (Avante).
Passado um ano da polêmica, David Almeida celebrou com um vídeo, nas redes sociais, o início da vacinação em Manaus, mas preferiu deixar de lado o caso que manchou o início de sua gestão. Prometendo ser diferente da “velha política”, Almeida começou o primeiro ano de gestão com o pé esquerdo e virou manchete nacional por conta do escândalo dos ”fura-filas.”
O Brasil demorou para começar a vacinar a população contra a covid-19 e, quando a campanha de imunização iniciou, o Ministério da Saúde definiu como grupo prioritário os profissionais da saúde e idosos. Porém, David Almeida também estabeleceu um grupo prioritário: o seu secretariado.
Foram contemplados com a vacina contra a covid-19 a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, o secretário de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis e a secretária da Mulher, Assistência Social e Cidadania, Jane Mara Silva de Moraes Oliveira.
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Mas não foi com o secretariado que a gestão de David Almeida ganhou fama nacional. A repercussão das fotos das gêmeas Isabelle e Gabrielle Kirk Maddy Lins gerou revolta na população, após serem efetivadas um dia antes de receberem a dose do imunizante. Além das duas, a lista de investigados traz, ainda, os nomes de outros oito médicos, entre eles, o filho do suplente de deputado estadual Wanderley Dallas, David Louis Dallas.
Depois da polêmica, o trio foi exonerado e alvo de processo da Justiça Federal do Amazonas, que os condenou a não receber a segunda dose do imunizante antes do prazo, sob pena de prisão.
Na época, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) investigou Shádia Fraxe e Sabá Reis, além de pedir a prisão preventiva e o afastamento de Fraxe e do prefeito David Almeida. Em defesa, o chefe do município afirmou que as acusações eram “fake news” e, com isso, nenhum dos secretários foi investigado.
Com o caso escancarado, o vereador Amom Mandel (União Brasil) usou as redes sociais para cobrar o andamento do processo para penalizar os responsáveis de receber as doses da vacina de forma irregular. Em um vídeo, o parlamentar diz que não aceitará impunidade e que o caso deve ser investigado com celeridade.
Apesar da cobrança, o caso continua sem penalidade para as autoridades que permitiram tal irregularidade, além do secretariado. O Portal Amazonas 1 solicitou informações sobre o caso ao Tribunal de Justiça do Amazonas e questionou a demora para julgar o processo. Em nota, o órgão informou que o processo tramita em segredo de Justiça, portanto, mais detalhes não podem ser repassados.
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