Manaus, 3 de julho de 2025
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Cenário

David Reis retoma debate sobre ‘puxadinho’ na CMM; oposição reage com críticas

Ao Portal AM1, alguns vereadores chegaram a afirmar que o presidente da Casa “deveria ter vergonha de trazer o assunto à discussão novamente”.

David Reis retoma debate sobre ‘puxadinho’ na CMM; oposição reage com críticas

(Foto: Mauro Pereira/Dircom/Kelvin Dinelli/Reprodução/ redes sociais))

Manaus (AM) – O presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador David Reis (Avante), afirmou, na manhã desta segunda-feira (6), que o anexo que construiria na sua gestão anterior na Casa Legislativa, e que custaria aos cofres públicos o montante de R$ 32 milhões, pode voltar a ser discutido, já que, segundo ele, a construção de um espaço adequado para os vereadores é uma necessidade, ainda que não seja considerada urgente.

“Eu não sei se seria o momento de retornar, eu sei que a Câmara carece de alguém que possa fazer esse projeto. Ele não é algo urgente, mas é algo necessário”, disse.

A declaração de Reis ocorreu durante uma entrevista a um veículo de comunicação local. Ele foi questionado se esse anexo poderia ser retomado, já que foi barrado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) à época.

“A Câmara Municipal de Manaus requer um novo espaço. Nós tentamos iniciar esse projeto, que já tinha lá, desvirtuaram esse projeto, chamam ele de puxadinho. Mas se ele tivesse vingado seria um prédio com 12 mil metros quadrados […]. Venderam muito os R$ 32 milhões e não a utilidade, o tamanho e a serventia da obra. Isso aí esqueceram. E hoje, quem vai à Câmara Municipal de Manaus, infelizmente, inclusive agora, estamos com problema para conseguir alocar os novos vereadores”, afirma.

David justifica dizendo que os vereadores eleitos para o primeiro mandato não tinham ideia do tamanho do gabinete e essa realidade teria gerado “problemas” para eles trabalharem com conforto.

No entanto, alguns vereadores de oposição dizem o contrário. Rodrigo Guedes (PP) afirmou ao Portal AM1 que o presidente da Casa “deveria ter vergonha ao trazer o assunto para nova discussão”.

Guedes foi um dos responsáveis por barrar o avanço do projeto na gestão de David Reis. Para ele, o tamanho do espaço em que trabalha não interfere em nada na sua atuação parlamentar, já que consegue exercer as atividades parlamentares tranquilamente.

Capitão Carpê (PL), que já integrou uma base aliada, também se posicionou contra a expansão dos gabinetes. Para ele, a estrutura atual é suficiente.

“Mesmo com um gabinete pequeno, consigo desempenhar meu trabalho e da minha equipe. De fato, desde muito tempo o tamanho dos gabinetes é desigual, mas acredito que seja possível todos trabalharem com a estrutura atual, como tem sido nos últimos anos”, afirmou o parlamentar à reportagem.

Para o novato, vereador Coronel Rosses (PL), a estrutura de seu gabinete é suficiente para trabalhar, já que a prioridade de seu mandato, segundo ele, é estar nas ruas de Manaus.

“Vamos trabalhar com a estrutura física que temos. No momento, ela se apresenta suficiente para planejar e executar nossas atividades”, pontua.

 

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