Manaus – O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), parece ainda estar lamentando pela obra não realizada do prédio Anexo 2. Em entrevista concedida nessa terça-feira (26) para um podcast local, o vereador lamentou que tenha sido incompreendido quando defendeu a construção do “puxadinho”.
Ainda de acordo com Reis, no futuro, os manauaras vão reconhecer que ele estava certo. “Tudo o que eu fiz, faria novamente. Por mais que eu tenha sido incompreendido, o tempo vai responder que eu estava certo”, disse.
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O vereador ainda ficou inconformado com apelido que foi dado para a construção, afirmando que o prédio teria tudo, menos características de puxadinho. Ele ainda classificou que a construção do Anexo 2 resultou em incompreensão, e afirmou que a obra não custaria R$ 32 milhões, valor que consta no processo licitatório aberto na época.
De acordo com ele, foi levada em consideração a saúde financeira da CMM, mas não que a obra custaria o valor listado. “A saúde financeira da CMM, naquela situação, era de R$ 32 milhões, não significa que quem fosse vencer a licitação fosse apresentar proposta de 32 milhões”, explicou.
Depois de perder na Justiça com uma ação protocolada pelos vereadores de oposição Amom Mandel (Cidadania) e Rodrigo Guedes (PSC), o sonho de construir o puxadinho chegou ao fim. Mesmo com algumas tentativas de retomar o processo, desta vez, David Reis está decidido a enterrar esse desejo.
“Não tenho mais tempo para proceder essa obra, mas ela é necessária e justa. Manaus carece que essa obra possa acontecer e acredito que, lá na frente, vai aparecer outro presidente que tope olhar para o futuro”, disse.
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Obra milionária
O Portal AM1 mostrou todo o processo do Anexo 2, que chegou ao fim nesta semana. A obra custaria R$ 32 milhões aos cofres públicos e foi aprovada por grande parte dos vereadores que são favoráveis ao presidente da CMM e ao prefeito David Almeida (Avante).
A obra foi aprovada por David Reis com a justificativa de que os vereadores do Parlamento municipal precisam de condições dignas de trabalho, como gabinetes maiores, além de ampliar o Parlamento para receber mais vereadores quando Manaus atingir a marca de 51 milhões de habitantes. O valor da construção era 10 vezes maior que o orçado durante a construção do Anexo I, em 2018, que custou cerca de R$ 4,4 milhões.
A licitação foi parar na Justiça e entre uma suspensão e outra, David Reis desistiu de realizar a construção. Entre as decisões para barrar a obra, o juiz Francisco Carlos G. de Queiroz afirmou que não há argumentos para que fosse anulada a decisão que suspendeu a licitação, uma vez que já havia determinado a não utilização do dinheiro público visando ao número maior de parlamentares.
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