Para se viabilizarem à disputa pela Prefeitura de Manaus, em 2020, o vice-governador do Estado, Carlos Almeida, e o aliado do governo, Luiz Castro, iniciam suas gestões à frente da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), respectivamente, em clima de espetacularização.
À imprensa, os dois reclamam de velhos problemas conhecidos da população, apresentam soluções questionáveis e não denunciam as falhas, formalmente, aos órgãos fiscalizadores.
No grupo de Wilson Lima, é dada como certa a participação da dupla Almeida e Castro, no próximo pleito. A ideia é usar o recall do deputado, que teve 581.553 votos ao Senado pelo Amazonas, e ainda pegar a “onda” da votação de Lima, na capital, de onde ele tirou 66,70% de sua eleição com 1.033.950 votos.
Deputados e vereadores comentam que o impasse do grupo será definir o “cabeça de chapa”: o difícil temperamento, mas com perfil técnico de Carlos Almeida ou o pensamento ortodoxo, mas com capilaridade eleitoral de Luiz Castro.
Tempo é curto
Sabedores do prazo de um ano e meio para a convenção partidária da eleição de 2020, o secretário da Susam e o secretário virtual da Seduc apontam a artilharia para seus antecessores e se esquivam de apresentar soluções concretas.
Primeiro foi a falta de remédios na Central de Medicamentos (Cema) que será “resolvida”com a aquisição de itens de fora do Estado por valores até 350% mais caros. Depois, a “inspeção surpresa’, no domingo, 13, na Maternidade Ana Braga, zona Leste, onde, Carlos Almeida disse ter constatado “graves problemas de manutenção e recursos humanos”, e prometeu “providências urgentes.”
Um caso entre tantos
Indicação política de Luiz Castro para a Seduc, o secretário executivo Adjunto da Capital, Bibiano Filho, também, aposta nas “inspeções surpresas” e visitou uma escola no Alvorada, na zona Centro-Oeste, parada há seis anos.
Bibiano tem representado Castro nas ações da Seduc, porque o futuro titular da pasta decidiu se manter deputado até o fim do mandato para não perder os benefícios do cargo.
Problema é macro
Em 2018, veículos de comunicação informaram que mais de 3 mil alunos matriculados na rede pública tiveram o início das aulas adiado por conta de obras não concluídas em escolas localizadas em Manaus.
Na Seduc, servidores disseram que o titular da pasta prioriza reuniões com técnicos e funcionários, mas sem a apresentação de um planejamento de gestão a médio e longo prazo, semelhante ao que vem ocorrendo na Susam.
A excessiva vaidade na forma de administrar de Carlos Almeida e Luiz Castro vem preocupando os gestores das duas pastas que – há décadas conhecem as deficiências do serviço público -, e agora querem a solução do grupo que prometeu o “novo.”
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