Foto: Reprodução
Humaitá/AM – Em Humaitá, o prefeito Dedei Lobo (PSC) pretende gastar mais de R$ 4 milhões dos cofres públicos para realizar o serviço de tapa-buracos na cidade. Acontece, porém, que a empresa vencedora da licitação é a Plastiflex Empreendimentos da Amazônia Ltda, envolvida em irregularidades ocorridas em outras licitações públicas no Amazonas. O documento que trata da eventual aquisição foi publicado no Diário Oficial dos Municípios (DOM), na edição desta quarta-feira (28) e tem assinatura do prefeito Dedei Lobo.
Se firmado o contrato, a Plastiflex vai faturar um total de R$ 4.200.000,00 dos cofres públicos de Humaitá.
De acordo com o documento, a empresa ficará responsável pelos “serviços de tapa-buracos e remendos profundos com concreto betuminoso usinado a quente (cbuq) e aplicação de emulsão asfáltica e cm 30, usinagem, transporte, aplicação, limpeza, requadro, compactação, preparo da base, fornecimento de material, equipamentos e mão de obra”.
A Plastiflex, inscrita no CNPJ nº 01.426.987/0001-73, pertence aos empresários Aydamo Celio Silva Bizerra Campos e Allan Sergio Silva Bizerra Campos. No site da Receita Federal, consta que o estabelecimento, localizado no bairro Parque 10, zona centro-sul, possui um capital social de R$ 2,8 milhões – valor que é bem abaixo do que deverá ser pago pela prefeitura.
Ativa desde 1996, a firma trabalha com serviços voltados para ‘obras de alvenaria’, além de 30 atividades secundárias.
Outras contratações
Vale destacar que a Plastiflex figura entre as empresas favoritas de alguns municípios do Amazonas, ou seja, ela é recorrentemente contratada pela administração pública. O caso mais recente foi em Manicoré, onde a empresa foi vencedora de um certame autorizado pelo prefeito Lúcio Flávio (PSD).
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O serviço licitado é de iluminação pública, que vai custar R$ 4.301.468,96. O mesmo município também contratou a empresa, em junho deste ano, por R$ 3,8 milhões, para serviços de asfaltamento; e por R$ 21 milhões, também contratou três empresas, entre elas, a Plastiflex, para adquirir equipamentos operacionais para atender o sistema de abastecimento de água do município.
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Irregularidades
Além disso, no mês passado, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) julgou irregular um termo de convênio de 2007 firmado entre a Secretaria de Estado da Educação do Amazonas (Seduc) e a Prefeitura de Tapauá e multou os responsáveis em R$ 57 mil.
O caso envolve a Tomada de Contas Especial do Termo de Convênio nº 129/2007, no valor de R$ 396,2 mil. O ex-secretário Gedeão Amorim foi multado em R$ 13,7 mil e o ex-prefeito de Tapauá, Almino Albuquerque, em R$ 30 mil. O objeto era o repasse de recursos para serviços de reforma da Escola Estadual Marizita e quadra poliesportiva. A contratada foi a Plastiflex Empreendimentos da Amazônia, multada em R$ 13,7 mil.
Resposta
O Portal Amazonas1 entrou em contato com a Prefeitura de Humaitá, por meio do endereço eletrônico [email protected], a fim de obter mais detalhes sobre a eventual aquisição milionária. Porém, não houve retorno até a publicação da matéria; espaço segue aberto para posicionamentos.
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