(Fotos: Divulgação/Assessoria)
Manaus (AM) – O que era apenas um boato sobre o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) estar sendo pressionado para abrir mão de sua pré-candidatura a prefeito de Manaus foi confirmado, nesta quarta-feira (22), pelo seu colega na bancada federal amazonense, deputado Saullo Vianna (UB), que faz parte do grupo político do governador Wilson Lima (UB).
Saullo disse que existe, sim, uma articulação, que ele chamou de “trabalho”, para que o escolhido de Bolsonaro renuncie à corrida pela Prefeitura de Manaus para apoiar outro pré-candidato ao pleito, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), que também briga pela cadeira majoritária de David Almeida (Avante).
“No contexto regional, é feito um trabalho para que o Alberto Neto desista da candidatura dele para apoiar outra candidatura: do Roberto Cidade”, declarou o político.
Acontece que Alberto Neto é, nas palavras de Vianna, o “único representante coerente” do bolsonarismo em Manaus e qualquer outro que queira usar a imagem do PL ou do ex-presidente Bolsonaro, para ele, é “oportunista”.
Ao Portal AM1, Vianna se limitou a falar sobre uma suposta conversa que o governador Wilson Lima teria tido com Bolsonaro em Manaus [enquanto o ex-mandatário estava internado] para que houvesse desistência por parte de Alberto Neto, afirmando que “não estava na conversa”.
Mas, é importante lembrar que Saullo tem andado muito com o prefeito David Almeida, adversário político de Roberto Cidade e de Alberto Neto, e ele pode optar por algum desses nomes que disputarão o pleito de 2024 em outubro.
Assim como o parlamentar, que compõe a bancada federal em Brasília, até outros pré-candidatos já afirmaram que Alberto Neto pode ir ao segundo turno das eleições municipais por representar o que, de fato, é o bolsonarismo. Além disso, Alberto Neto não busca briga com ninguém, pelo contrário, visa ter aliados, que é bem-visto tanto pelos eleitores quanto por outros políticos e, talvez, seja por isso que foi escolhido por Bolsonaro.
A reportagem procurou Alberto Neto para, novamente, falar sobre o assunto, uma vez que o político havia afirmado que a “pressão” era falsa. Ainda segundo ele, não haveria desistência de sua pré-candidatura; mas até a publicação da matéria, não houve retorno.
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