
(Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Brasília (DF) – O protagonismo que a primeira-dama, Janja da Silva, exerce em agendas presidenciais tem incomodado a oposição do governo Lula. Segundo a oposição, a atuação de Janja extrapola os limites da posição de “mulher do presidente da República” e por isso pediu investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os parlamentares e líderes da oposição se manifestaram pelas redes sociais e afirmaram que “ela não foi eleita” e sim, o marido, para governar o país. Na semana passada, a primeira-dama foi ao Rio Grande do Sul acompanhada pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e visitou as cidades afetadas pelo ciclone extratropical que deixou desastres no local.
Após a visitação, Janja se encontrou com o governador Eduardo Leite (PSDB). Dessa forma, a oposição questionou onde estava o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSD), que deveria assumir o posto e representar Lula quando ele não puder estar presente nos eventos.
Sendo assim, o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) protocolou um pedido de abertura de inquérito na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Janja, para investigar sua “competência e legalidade em assumir a agenda presidencial”.
O documento que pede esclarecimentos do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a atuação de Janja, afirma que a mulher de Lula “não possui um cargo formal dentro da estrutura do governo” e mesmo assim, ela “participa de reuniões estratégicas com o presidente, despacha de seu gabinete e acompanha Lula em viagens presidenciais”. Melo classifica a ação de Janja como “usurpação de função” e improbidade administrativa”.
“Tornou-se público que, no início deste ano, especulou-se sobre eventual nomeação da primeira-dama para um cargo governamental. No entanto, essa ideia foi descartada devido à preocupação com a caracterização de nepotismo. Apesar de não ter uma posição formal, a primeira-dama tem decisão final em propagandas institucionais do governo, direciona a equipe econômica e já tomou atitudes que divergiram do posicionamento do partido do presidente”, afirma o deputado Evair no documento apresentado à PGR.
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