Foto: Reprodução
Manaus/AM – Os deputados estaduais aprovaram, durante votação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quarta-feira (12), a concessão de título de Cidadão do Amazonas ao ministro do Turismo, Gilson Machado. Durante a discussão da matéria, porém, os parlamentares tiveram um longo debate sobre o ministro merecer ou não a honraria, que vem se tornando banal na Casa.
Após ser questionado por Wilker Barreto (Podemos) sobre o seu voto contrário, o deputado Serafim Corrêa (PSD) não hesitou em declarar que Machado não é merecedor do título, já que, segundo o parlamentar, ele não fez nada em prol do Amazonas e veio somente uma vez à cidade. A propositura é de autoria do deputado Saullo Vianna (PTB).
“Esse cidadão veio uma única vez ao Amazonas, ele não tem nada a ver conosco, enfim, ele não tem nada de relevante nem ao Amazonas nem ao Brasil. Não vejo razão para nós darmos a ele título de Cidadão do Amazonas”, disse.
Na sequência, o deputado Sinésio Campos (PT) também se posicionou contrário à homenagem ao ministro. Vale lembrar que ambos os parlamentares também foram contra o título de Cidadão do Amazonas, de autoria do deputado Delegado Péricles (PSL), concedido ao presidente Jair Bolsonaro, em sua visita à capital, no final de março, inclusive acompanhado do ministro Gilson Machado.
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Ainda durante a discussão, os deputados Roberto Cidade (PV) e Therezinha Ruiz (PSDB) afirmaram não conhecer a pessoa ‘Gilson Machado’ e sugeriram ao autor do projeto, deputado Saullo Viana, apresentar um breve histórico do ministro.
“Gilson foi presidente da Embratur […] Ele conseguiu destravar alguns investimentos aqui voltados para o turismo do Amazonas, como por exemplo, a reforma do aeroporto do município de Barcelos […] Ele também destravou investimentos que estavam parados para o município de Parintins, na comunidade da Valéria […] E uma das principais ações é que ele determinou que aqui no Estado do Amazonas fosse implementado um escritório da Embratur no Amazonas”, defendeu Saullo.
Após as declarações do autor da homenagem, enfim, a proposta foi aprovada com votos contrários dos deputados Sinésio Campos, Serafim Corrêa e Ângelus Figueira (DC).
É importante ressaltar que Gilson Machado cometeu uma gafe durante sua visita a Manaus, no dia 23 de março, onde participou, ao lado de Bolsonaro, da inauguração da ampliação do Centro de Convenções Vasco Vasques.
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Na ocasião, o ministro resolveu apresentar um número musical logo após seu discurso. Tocando acordeão, ele disse que apresentaria uma música conhecida: um sucesso da banda Carrapicho, “genuinamente amazonense”. No entanto, a música que foi ouvida pelos presentes foi Chorando Se Foi, gravada pela banda Kaoma – que não é amazonense.
Outros títulos
Além de Bolsonaro, os deputados da Aleam, aparentemente, estão distribuindo títulos de Cidadão do Amazonas. A homenagem que, neste ano, começou com o presidente Bolsonaro, seguiu com os humoristas Whindersson Nunes e Tirullipa, além do cantor Gusttavo Lima. Essa proposta é do deputado Cabo Maciel (PL), que considera o ato humanitário dos artistas ao mobilizarem em campanha de arrecadação de cilindros de oxigênio, no início do ano, quando o Amazonas enfrentou a segunda onda da pandemia.
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Dias depois, a deputada com uma das baixas atuações na Aleam, Nejmi Aziz (PSD), envia à Aleam um projeto que propõe a honraria ao humorista Paulo Gustavo, vítima de complicações da covid-19. Segundo a deputada, Paulo Gustavo doou R$ 500 mil ao Estado do Amazonas, também no período de segundo pico da pandemia.
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