Manaus, 5 de maio de 2024
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Cidades

Amazonas e Pará estão em novo recorde de desmatamento registrado em março

O sistema de alerta conseguiu detectar que aproximadamente 36 mil hectares de floresta da Amazônia foram perdidos

Amazonas e Pará estão em novo recorde de desmatamento registrado em março

Reprodução Ibama

Amazonas – Especialistas do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) abrem um alerta sobre desmatamento na Amazônia e no Cerrado. Os pesquisadores apontam, por meio do sistema de monitoramento Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), que em março de 2021, foram desmatados 367,6km² da Amazônia e 529,3km² do Cerrado.

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Ainda segundo o INPE, apesar da alta cobertura de nuvens, o sistema de alerta conseguiu detectar que ao menos 36 mil hectares de floresta da Amazônia foram perdidos. O aumento chega bater 12,5% em relação a março de 2020. As regiões afetadas são principalmente, nos estados do Pará, Mato Grosso e Amazonas.

Na região do Cerrado, o cenário é ainda pior: o aumento é maior que o dobro em comparação ao mesmo mês no ano passado, representando uma subida de 146%. Os três estados que mais desmataram neste bioma foram Bahia, Tocantins e Minas Gerais.

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“O que já é ruim pode piorar, com Ricardo Salles trabalhando contra o meio ambiente e o Congresso Nacional trabalhando para legalizar grilagem, flexibilizar o licenciamento ambiental e abrir terras indígenas para mineração, o desmatamento tende a continuar em alta”, comenta Cristiane Mazzetti, Gestora Ambiental do Greenpeace.

Os alertas do INPE por meio do Deter são uma prévia dos dados que serão confirmados até o final do ano por outro sistema do Inpe, o Prodes, este sim crava o dado oficial de desmatamento na Amazônia e segue o calendário de agosto de um ano a julho do ano seguinte. O Deter, sigla para Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, auxilia órgãos de fiscalização ambiental e, geralmente, apontam números menores do que serão revelados pelo Prodes.

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(*) Com informações Amazônia Real