Mundo – O Vaticano decretou nesta segunda-feira (15), que a Igreja Católica não pode abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo, alegando que Deus “não pode abençoar o pecado”.
Embora em outubro de 2020, o Papa Francisco tenha se posicionado favorável a discussão da temática. “Os homossexuais são filhos de Deus e têm direito a uma família”, disse o Papa na ocasião.
O comunicado foi emitido formalmente pelo escritório ortodoxo do Vaticano, uma Congregação para a Doutrina da Fé, ao questionamento se o clero católico pode abençoar como uniões homoafetivas.
A resposta, contida em uma explicação de duas páginas publicada em sete idiomas e aprovada pelo Papa Francisco, foi “negativa”.
O decreto faz uma distinção entre as boas-vindas da igreja e a bênção de pessoas homossexuais, que está mantida, mas não de seus uniões.
O Vaticano afirma que os homossexuais devem ser tratados com dignidade e respeito, mas diz que o sexo entre as pessoas do mesmo sexo é “intrinsecamente desordenado”.
O ensino católico afirma que o casamento entre um homem e uma mulher é parte do plano de Deus e tem como objetivo a criação de uma nova vida.
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O documento afirma que, visto que como uniões entre pessoas do mesmo sexo não têm a intenção de fazer parte desse plano, elas não podem ser abençoadas pela igreja.
“A presença em tais relações de elementos positivos, que por si só devem ser valorizados e apreciados, não pode justificar essas relações e torná-los objetos legítimos de uma bênção eclesial, uma vez que os elementos positivos existem no contexto de uma união não ordenada ao plano do Criador ”, afirma a resposta.
Deus “não abençoa e não pode abençoar o pecado: Ele abençoa o homem pecador, para que ele reconheça que faz parte de seu plano de amor e se permitir ser mudado por ele”, acrescenta.
O Papa Francisco endossou a proteção legal a uniões homoafetivas , mas isso se refere à esfera civil, não dentro da igreja. Ele fez comentários sobre o tema durante uma entrevista a uma estação de televisão mexicana, a Televisa, em 2019, que foram cortados pelo Vaticano até aparecerem em um documentário no ano passado.
(*) Com informações O Globo
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