A grave crise sanitária tem ocultado outra igualmente trágica: a fome. Talvez o foco no recorde de casos e de morte pela Covid justifique em parte a brusca queda no ritmo das doações. Justamente no momento mais trágico da história do país, movimentos sociais e organizações não-governamentais (ONGs) enfrentam dificuldades para seguir mobilizando pessoas em torno do apoio às milhares de famílias em situação de vulnerabilidade.
É o que mostram os levantamentos feitos por diversas instituições, responsáveis pela distribuição de marmitas e cestas básicas. As doações são cada vez mais escassas e a fome passa a ser um problema cada vez maior.
Pesquisa recente do IBGE revela que o número de pessoas na extrema pobreza já alcança 14 milhões de brasileiros e brasileiras, que vivem em condições de insegurança alimentar por absoluta falta de dinheiro para comprar alimentos. Enquanto isso, a inflação dos alimentos de 2020 teve a maior aceleração da década, com aumento de 15%.
O novo normal está representando menos comida no prato. Os movimentos sociais acreditam que a queda nas doações também é reflexo do empobrecimento das pessoas já que muitas querem ajudar, mas estão sem condições.
Na Câmara, além da aprovação do auxílio emergencial, medidas para a proteção dos empregos e empresas devem ser aprovadas rapidamente. Como cidadão, tenho feito a minha parte. Com a ajuda de parceiros, conseguimos fazer chegar centenas de cestas básicas a muitas famílias.
Reforço o apelo: se a VACINA NO BRAÇO não depende de você, ajude colocando COMIDA NO PRATO de quem precisa. Aproveito pra fazer o merchand do bem do Instituto 2 Rios, do meu amigo Thiago Bezerra (contato: 92 982294355), que não tem faltado aos amazonenses nesta crise. Doar é um ato de amor e salva vidas.
Artigo e Opinião Marcelo Ramos
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.