Manaus, 15 de maio de 2024
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Brasil

Donos da 123 são impedidos de sair do Brasil e devem comparecer em CPI

Caso os sócios-adminstradores não compareceram no depoimento, foi autorizada a condução coercitiva.

Donos da 123 são impedidos de sair do Brasil e devem comparecer em CPI

(Foto: Juca Varella / Agência Brasil)

Belo Horizonte (MG) – Após um pedido dos parlamentares da CPI das Pirâmides Financeiras, a Justiça Federal decidiu proibir os sócios da 123 milhas, Ramiro Madureira e Augusto Madureira, para poderem depor na próxima quarta-feira (6). Expedida pelo juiz Edison Grillo, da 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, a decisão foi publicada nesta sexta-feira (1º), e também foi autorizada a condução coercitiva dos sócios caso eles não compareçam ao depoimento.

“As testemunhas estão sujeitas à aplicação das sanções previstas no artigo 219 do Código Penal, imposição de multa, condenação ao pagamento das custas da diligência e eventual persecução pelo delito de desobediência, na hipótese de não comparecimento injustificado”, lembrou o juiz, antes de determinar que a Polícia Federal (PF) seja informada da restrição à saída dos empresários do território brasileiro antes da 0 hora do dia 7. Caso os sócio-administradores da empresa faltem e a CPI julgue necessário, caberá à corporação conduzi-los à Brasília.

“Na hipótese de ausência com justificativa, caberá à CPI avaliar a razoabilidade dos motivos apresentados pelos intimados, a fim de deliberar pela conveniência da condução coercitiva já autorizada por este juízo”, acrescentou Grillo.

Os empresários já faltaram às duas reuniões da comissão a que foram convocados para prestar esclarecimentos sobre os problemas que a empresa enfrenta e as medidas que está adotando para evitar prejuízos aos clientes.

Na última quarta-feira (30), os advogados dos irmãos Madureira enviaram um ofício alegando que seus clientes não compareceriam à audiência por ter uma reunião previamente agendada no Ministério do Turismo, no mesmo horário.

Na ocasião, a defesa assegurou que os empresários estavam à disposição da CPI a partir de 4 de setembro. Apesar disso, o presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), pediu à Justiça Federal que autorizasse a condução coercitiva, ou seja, à força, dos empresários caso eles voltassem a não atender à convocação de comparecimento.

Suspensão de viagens

Alegando “motivos alheios à sua vontade”, no dia 18 de agosto a 123 Milhas anunciou a suspensão da emissão de passagens para embarques previstos entre setembro e dezembro deste ano. Doze dias depois, já tendo se tornado alvo de uma ação civil pública e de ações individuais, a empresa protocolou um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG).

(*) Com informações da Agência Brasil.

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