Manaus, 17 de maio de 2024
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Cidades

Durante pandemia, itens da cesta básica sofrem aumento de preço

Com o avanço da pandemia, o número de denúncias em relação a alta frequente de produtos da cesta básica triplicou; média de 350 reclamações foi registrada

Durante pandemia, itens da cesta básica sofrem aumento de preço

Reprodução: Itudestaque

Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), muitos estabelecimentos estão aproveitando para aumentar o preço de vários produtos, principalmente, no segmento de alimentação.

Mesmo com a Lei Estadual 5.145/20, na data de 26 de março, que trata da proibição da majoração de preços durante a pandemia de Covid-19, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC/Aleam), vem realizando fiscalizações para reprimir essa prática abusiva.

De acordo com o órgão, 350 denúncias foram verificadas até 17 de março, e, com o avanço da pandemia, o número de denúncias em relação a alta contínua de produtos de cesta básica triplicou.

“Desde o início da pandemia, passamos a receber inúmeras denúncias. Além do álcool em gel e das máscaras, o preço dos ovos foi um dos primeiros alvos de queixa dos consumidores.”, diz em nota a comissão.

As equipes da CDC/Aleam seguem com as fiscalizações e têm orientado desde o dono do mercadinho do bairro até os grandes empresários, os quais têm alegado que a logística está encarecendo o produto.

“As demandas não se restringem aos grandes supermercados, por conta da quarentena, a população está optando por mercadinhos de bairro. Neste caso, temos de ter mais cuidado na fiscalização para que o resultado não seja o fechamento do pequeno comércio, por isso, a orientação tem sido o melhor caminho.”

A maior variação encontrada foi de 157,28% no Feijão Carioquinha, com menor preço de R$ 3,09 e maior preço de R$ 7,95.

O produto com menor variação entre os estabelecimentos foi o óleo de soja de 900 ml, com 15,95%.

O economista Marcus Evangelista explica: quanto maior a procura por um determinado produto, há uma tendência natural desse preço aumentar. Fenômeno chamado na economia de “Lei da oferta e da procura”.

“(…) a gente percebe isso principalmente nos itens da cesta básica, quando tá na entressafra. Aquele produto, por exemplo o tomate, ele dispara chegando próximo de R$15,00, então é uma coisa natural que isso ocorre na economia. Obviamente que existem determinados empresários que como eles percebem que há uma procura por determinado produto fora do normal, alguns se valem disso e aumentam a sua margem de lucro, infelizmente isso acontece”, concluiu o economista.