O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) em Manaus caiu 8,4% em abril de 2020, frente ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na comparação com o mês anterior, a queda foi de 9,8.
Segundo a pesquisa, o índice atingiu 137,8 pontos em abril de 2019 e recuou para 126,2 neste ano. O resultado é medido em uma escala de zero a 200.
Na passagem entre os períodos, o que mais contribuiu para a queda foi a confiança do empresário nas condições atuais da economia (-12,9%). Também recuaram os índices de expectativa (-10,3) e investimentos (-3,8).
Já nas variações mensais, o recuo seguiu tendência e marcou -15,7% em relação à confiança do empresário no momento atual; (-9,5) e (-7,9) nos índices de expectativa e investimentos, respectivamente.
Mais dados
Conforme a pesquisa, a maioria dos empresários acreditam em um pouco de melhora em relação à economia (47%), ao setor (47,9%) e aos seus negócios (49,7%).
Eles também estão mais otimistas em relação ao futuro, já que 44% acreditam na melhora da economia.
Já para 36,8% dos entrevistados, haverá um pouco mais de investimentos; a intenção de contratação de funcionários chega a 44,8% e a situação atual dos estoques está adequada (68%).
Período de coleta
A coleta dos dados é realizada sempre nos últimos dez dias do mês imediatamente anterior ao da divulgação da pesquisa.
Assim, os dados do ICEC de abril/2020 foram coletados nos últimos dez dias do mês de março/2020.
Nacional
A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus também afetou fortemente o otimismo dos empresários do setor a nível nacional.
Em abril, caiu 5,3% em comparação com março.
Esta foi a segunda retração mensal consecutiva do índice e a maior queda percentual desde abril de 2015 (-6,4%).
Com 120,7 pontos, porém, o indicador permaneceu no patamar de satisfação (acima dos 100 pontos).
Este foi o primeiro Icec realizado após o início da pandemia de Covid-19 no País.
A coleta dos dados ocorreu entre 20 de março e 5 de abril.
Apesar de ter permanecido como o maior entre os subíndices do Icec (153,5 pontos), o indicador referente às expectativas dos comerciantes foi o que registrou as reduções mais expressivas: – 6,3% em relação a março e -7,5% em relação a abril de 2019.
Especificamente sobre as expectativas para a economia, mais que dobrou o total de empresários que esperam piora econômica: 15,3%, ante 6,9% no mês anterior e 5,7% em abril de 2019 – a proporção é a mais elevada desde novembro de 2018.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que este item passou a cair de forma mais acirrada ainda na passagem de fevereiro para março.
“O canal das expectativas no curto prazo foi o primeiro através do qual os varejistas começaram a sentir os impactos da crise. O fechamento dos estabelecimentos em vários estados e cidades tem imposto redução drástica no faturamento das lojas, em especial dos negócios de menor porte e sem presença nos canais digitais de venda, como o e-commerce”, observa Tadros, ressaltando que, “diante das incertezas associadas à evolução do vírus e à eficiência das medidas de combate, os cenários para a atividade econômica estão obscuros”.
(*) Com informações da Assessoria de Imprensa
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