Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Política

Eleições 2022 mexem no tabuleiro político do Amazonas

Cenário político no Amazonas está em temperatura elevada

Eleições 2022 mexem no tabuleiro político do Amazonas

MANAUS, AM – Mesmo que estejam no período de recesso, os políticos do Amazonas seguem na articulação pensando nas eleições de 2022. As conversas para articulações e mudanças de siglas nos bastidores indicam que muitas peças podem se mover nos próximos meses.

No Amazonas, diversos políticos começam a apresentar interesse de mudanças de partido, particularmente, alguns mostrando interesse em migrar para apoiar a reeleição do senador do Amazonas, Omar Aziz (PSD). Entre os nomes de destaque, inclusive, estão a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) e o deputado federal Marcelo Ramos (PL), os quais articulam as mudanças das janelas partidárias.

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Marcelo Ramos figura entre os políticos que buscaram mudança imediata, contudo, este encontrou dificuldade devido ao calendário eleitoral de 2022 aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que permitirá a migração partidária somente a partir do dia 3 de março, até o dia 1 de abril do próximo ano.

De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), as normas estabelecem que os parlamentares podem trocar de partido em caso de haver incorporação ou fusão da sigla, criação de um novo partido, mudança no programa partidário ou grave discriminação pessoal.

Para o parlamentar federal, a mudança sucedeu por motivos de “incompatibilidade” com o novo projeto político – projeto este que inclui o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Em entrevista para a UOL, a defesa de Marcelo Ramos afirmou que ele passou a ser perseguido por membros do partido e, em as suas manifestações, estaria acontecendo descrédito, deixando o deputado aborrecido.

Na nota enviada pela assessoria do deputado Marcelo Ramos, ele disse que ainda está indefinida a decisão para qual partido, podendo dar uma posição entre fevereiro e março. “As coligações, chapas e os rumos dos partidos ainda estão muito indefinidos. Como o deputado federal está saindo do PL, ainda avaliará qual será o seu possível e novo partido, além de verificar com quem poderá estar marchando. O parlamentar deseja filiar-se com um partido similar ao seu ponto de vista de gestão e princípio”, esclareceu.

Já a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) tem longa história amistosa com os chefes de Estado, entre eles, o ex-governador do Amazonas, Omar Aziz. Os dois políticos este ano dividiram diversos palanques e visitas pelo interior, demonstrando apoio e parceria política.

Ainda não há confirmações de que a parlamentar estadual mude de partido, apenas burburinhos, porém, a sua aproximação é visível com o senador do Amazonas e inclui uma agenda de ação social no município de Rio Preto da Eva, contando com presença de Ramos e Aziz.  

Mudanças no cenário      

Outro político amazonense que decidiu seguir com novas alianças é o ex-vereador e ex-deputado Chico Preto (Avante), partido que tem como presidente o prefeito de Manaus, David Almeida. O político vem com o interesse de se candidatar ao Senado Federal, encarando a disputa contra Coronel Menezes e Omar Aziz, para conquistar a única cadeira disponível nas eleições de 2022.

Seguindo nas novas filiações e também disputando uma das oito vagas de deputado federal, são os deputados estaduais Saullo Vianna (PTB) e Fausto Júnior (MDB). De acordo com uma publicação de rede social feita pelo próprio chefe do Executivo da Prefeitura de Manaus, Vianna e Almeida já estreitaram a ideia da filiação do deputado, assim fortalecendo a possível candidatura para deputado federal. Enquanto isso, Fausto Júnior ainda permanecerá no MDB, deixando claro que vai disputar ano que vem para deputado federal.

Ainda nas transições de mudanças, o ex-prefeito de Coari, Adail Filho (PP) – reeleito em 2020, mas cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) — irmão da deputada estadual, doutora Mayara Pinheiro, concorrerá também para deputada federal. Em nota, o político afirmou que o interesse de uma pré-candidatura será pelo fato da “Câmara Federal ter um número de deputados que foram prefeitos ser muito baixo” e pretende “reforçar a visão de urgência do Brasil quanto aos municípios”. Sobre a possibilidade de filiação a outro partido, Adail afirmou que não tem essa pretensão.

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