
(Foto: Ricardo Stuckert-PR/Isac Nóbrega-PR)
Manaus (AM) – O Instituto de Pesquisa do Norte (Ipen) divulgou nesta terça-feira (20) a sua quarta pesquisa eleitoral em Manaus, com destaque ao apoio do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos candidatos que disputam o pleito municipal.
Tanto Lula quanto Jair Bolsonaro estabeleceram seus candidatos na cidade de Manaus como estratégia política. O atual presidente indicou Marcelo Ramos (PT) enquanto Bolsonaro indicou Alberto Neto para pleitear pela prefeitura.
O Ipen indagou os entrevistados sobre o apoio de Lula e Bolsonaro aos candidatos a prefeito e 11, 9% associaram a imagem de Lula a Marcelo Ramos, enquanto 31,7% lembraram de Alberto Neto na hora de definir sobre quem Bolsonaro apoiaria.

(Foto: Divulgação)
Embora sejam figuras influentes na política brasileira e o país tenha atravessado uma polarização nas últimas eleições presidenciais de 2022, quando Lula derrotou Bolsonaro nas urnas, os candidatos escolhidos pelos políticos estão fora das primeiras posições em Manaus, segundo as pesquisas de intenções de voto.
Alberto Neto, desde junho, foi ultrapassado pelo candidato do União Brasil, Roberto Cidade, conforme os estudos que analisam a disputa na capital, e caiu da terceira para quarta posição.
Ramos, por sua vez, além de liderar os índices de rejeição do eleitoral, de acordo com essas mesmas pesquisas, aparece na quinta colocação entre os sete nomes que estão oficialmente disputando o comando da prefeitura da capital amazonense.

(Foto: Divulgação)
Fidelidade
Consultado pelo Porta AM1, o cientista político Helso Ribeiro avaliou a influência política exercida por Jair Bolsonaro e Lula no cenário local e destacou que o candidato do PL, Alberto Neto, foi eleito em 2018 e reeleito em 2022 numa “onda bolsonarista” e por manter uma espécie de “fidelidade” a figura do ex-presidente, o vínculo Bolsonaro-capitão Alberto Neto é bem mais forte que o vínculo Marcelo Ramos-Lula. Entretanto, o especialista acrescenta que hoje a configuração é outra. Ele fala de perspectivas de transferência de voto.
“Agora os dois estão disputando uma eleição majoritária para prefeito, e aí eu acredito que a história é outra. Por quê? Primeiro, o ex-presidente Bolsonaro veio a Manaus já numa espécie de pré-campanha do capitão Alberto Neto, lá na Arena Amadeu Teixeira, e o resultado foi, com todo respeito aos organizadores, epífio. Os campeonatos de jiu-jitsu que eu acompanho dão duas vezes mais pessoas, ou três vezes mais pessoas do que tiveram”, analisou.
Helso ainda esclareceu que qualquer pessoa pode ajudar a transferir votos para um candidato, mas tanto o ex-presidente quanto o atual não devem “alavancar” o número de votos de seus respectivos candidatos em Manaus.
“Claro que um político com a expressão do ex-presidente Bolsonaro e do atual presidente Lula consegue um pouco, bem mais do que eu, bem mais do que você. Eu penso dessa forma. Agora, eu não estou conseguindo ver, pelo menos até o momento, nenhuma chuva de votos, tanto no Capitão Alberto Neto quanto no advogado Marcelo Ramos, por conta de apoio. Penso, inclusive, que o fato do ex-presidente Bolsonaro estar inelegível, o lastro de pessoas que vão segui-lo cegamente tende a diminuir”, concluiu o cientista.
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