Manaus, 1 de maio de 2024
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Cidades

Em carta, Jairinho diz que nunca agrediu Henry Borel: ‘se não houve lesão, não houve agressão’

Preso há nove meses, ex-padrasto do garoto escreveu carta em que questiona investigações policiais e nega ter matado Henry

Em carta, Jairinho diz que nunca agrediu Henry Borel: ‘se não houve lesão, não houve agressão’

Foto: Reprodução

RIO DE JANEIRO, RJ – O ex-vereador Jairinho, acusado de matar o enteado Henry Borel, de apenas 4 anos de idade, disse que nunca agrediu o garoto e não o matou. Jairinho deu a declaração em uma carta escrita na prisão, e divulgada nesta sexta-feira (31) pelo UOL.

Jairinho está detido há cerca de nove meses no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro (RJ), e desde então, ele se manteve em silêncio, apesar das declarações da ex-namorada, Monique Medeiros, mãe de Henry. Na carta, que tem seis páginas, ele confronta as investigações da polícia, e diz que Monique nunca o acusou pela morte do filho, além de contar como era a sua relação com o garoto.

Ainda no texto, Jairinho diz que nunca houve agressão a Henry, mesmo com os laudos da perícia apontando mais de 20 lesões no corpo do garoto, que também são questionados pelo ex-vereador. A necropsia ainda mostrou que o menino morreu em decorrência de hemorragia interna e laceração no fígado causada por ação contundente. “Se não houve lesão, não houve agressão, isso foi visto por todos”, diz trecho da carta.

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Em outro trecho da carta, o ex-vereador diz que está vivendo uma “via crucis” desde que foi preso em Bangu. Segundo ele, nos dias em que sua irmã e seu filho mais velho o visitam na prisão, ele ouve “angústias, necessidades e anseios dos demais presos”. Jairinho ainda diz que “houve espetacularização” por parte da Polícia Civil nas investigações do caso, além de “incitação da ordem pública”.

“O delegado não tinha motivo algum para desconfiar de mim. O que houve foi uma espetacularização da investigação criminal e criação de um enredo de condenação antecipada, incitando a ordem pública!”, escreveu ele na carta.

O dia da morte

O ex-vereador ainda disse que, no dia da morte de Henry, ele havia tomado remédios para dormir, mas que quando foi acordado por Monique para socorrer Henry, ele “acordou prontamente”. Henry chegou já morto ao hospital, e em depoimento, a médica que atendeu o garoto, Fabiana Barreto, disse que as massagens cardíacas “foram feitas pela comoção, por ser uma criança”.

Jairinho, no entanto, questiona as acusações de agressões. “Em momento algum no hospital, senão teriam chamado a polícia ou conselho tutelar, as médicas viram qualquer sinal de violência. Tanto que foi dito em sede policial e em juízo. Nenhuma das três viu qualquer sinal de lesão, nem a assistente social, que era a função dela, viu nada!”

O ex-vereador foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. A mãe de Henry, Monique Medeiros, foi acusada de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coração de testemunha. Jairinho vai prestar novo depoimento à Justiça no dia 9 de fevereiro.

(*) Com informações do UOL.

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