Manaus, 28 de março de 2024
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Manaus, 28 de março de 2024

Política

Da prisão, Roberto Jefferson diz que STF ‘destruiu’ crença na Justiça

Ex-deputado federal está detido no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes

Da prisão, Roberto Jefferson diz que STF ‘destruiu’ crença na Justiça

Foto: Reprodução

BRASÍLIA, DF – Preso desde o dia 13 de agosto, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, escreveu uma carta em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), divulgada nesta quinta-feira (26) pela rádio Jovem Pan. A carta, intitulada “Reflexões de um preso político”, chama os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “abutres”.

No documento, Jefferson diz que o país vive um estado “tematológico de monstruosidades jurídicas”, e que é preciso dar “um ponto final”. O ex-deputado, que é um dos mais ferrenhos apoiadores do presidente Bolsonaro, também disse que os ministros do STF “destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça”.

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“Os abutres traíram o povo honrado da pátria amada. Anularam, isto mesmo, anularam as sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato. Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça”, afirmou.

Ainda na carta, o ex-deputado diz que a elite tecnocrática “nomeada e vitalícia destruiu a crença de nosso povo na democracia”. Jefferson elogiou a Operação Lava-Jato, e disse que com ela, houve um momento de absoluta fé na lei e na ordem democrática. “A operação Lava-Jato e suas consequências gerou [sic] expectativas, mas convicções, de que todos são iguais perante a lei”, afirmou.

Convocação para o Sete de Setembro

Roberto Jefferson disse que os “urubus” do STF traíram o povo do Brasil e “escarneceram do Espírito Santo, pois defraudaram a nossa fé”. “Os urubus abomináveis que têm se banqueteado com o pão de sangue do nosso povo, e saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias do Brasil.”

Roberto Jefferson finalizou a carta convocando a população para as manifestações do dia 7 de setembro, que deverão acontecer em todas as capitais e grandes cidades do Brasil. “Supremo é o povo. Sete de setembro rugirá a nossa indignação.”

Leia a carta na íntegra

“Reflexões de um preso político

A elite tecnocrática nomeada e vitalícia, destruiu a crença de nosso povo na democracia. Qual o principal sentimento, a principal convicção, a principal certeza de fidúcia e confiança no regime da lei e da ordem? A correta, diligente e honesta aplicação da lei. Essa é a garantia da existência da justiça e sua aplicação. Segurança jurídica, igualdade, igualdade. O orgulho causado de brios e felicidades do povo brasileiro decorreu de saber que os poderosos foram alcançados pela espada da Justiça. A operação Lava Jato e suas consequências gerou expectativas, mais, convicções, de que todos são iguais perante a lei. Orgulho: igualdade perante a lei.

Políticos, juízes e empresários corruptos sendo presos e condenados à prisão e obrigados a devolver o fruto do malfeito. A Papuda virou pensão dos papudos. Houve um momento de absoluta fé na lei e na ordem democrática. Até que forças satanistas, empalmadas pela sedução dos corruptores e nos comunistas, apascentou o ninho mórbido dos urubus. Os urubus abomináveis que têm se banqueteado com o pão de sangue do nosso povo, e saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias cristãs do Brasil.

Os abutres traíram o povo honrado da pátria amada. Anularam, isto mesmo, anularam as sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato. Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça. O que dizer a nossos filhos? O que? Traíram a boa fé do povo. Acumpliciaram-se aos gatunos. Desonraram a sagrada balança e a varonil espada. O que dizer a nossos filhos e netos? Basta! Há que haver um ponto final a esse estado tematológico de monstruosidades jurídicas. Xô urubus! Vocês traíram o povo do Brasil. Traíram nossa nação. Traíram a pátria amada. Escarneceram do Espírito Santo, pois defraudaram a nossa fé. Supremo é o povo. Sete de setembro rugirá a nossa indignação. Xô urubus! Vão pousar noutra comarca.”

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