BRASÍLIA, DF – Preso desde o dia 13 de agosto, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, escreveu uma carta em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), divulgada nesta quinta-feira (26) pela rádio Jovem Pan. A carta, intitulada “Reflexões de um preso político”, chama os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “abutres”.
No documento, Jefferson diz que o país vive um estado “tematológico de monstruosidades jurídicas”, e que é preciso dar “um ponto final”. O ex-deputado, que é um dos mais ferrenhos apoiadores do presidente Bolsonaro, também disse que os ministros do STF “destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça”.
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“Os abutres traíram o povo honrado da pátria amada. Anularam, isto mesmo, anularam as sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato. Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça”, afirmou.
Ainda na carta, o ex-deputado diz que a elite tecnocrática “nomeada e vitalícia destruiu a crença de nosso povo na democracia”. Jefferson elogiou a Operação Lava-Jato, e disse que com ela, houve um momento de absoluta fé na lei e na ordem democrática. “A operação Lava-Jato e suas consequências gerou [sic] expectativas, mas convicções, de que todos são iguais perante a lei”, afirmou.
Convocação para o Sete de Setembro
Roberto Jefferson disse que os “urubus” do STF traíram o povo do Brasil e “escarneceram do Espírito Santo, pois defraudaram a nossa fé”. “Os urubus abomináveis que têm se banqueteado com o pão de sangue do nosso povo, e saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias do Brasil.”
Roberto Jefferson finalizou a carta convocando a população para as manifestações do dia 7 de setembro, que deverão acontecer em todas as capitais e grandes cidades do Brasil. “Supremo é o povo. Sete de setembro rugirá a nossa indignação.”
Leia a carta na íntegra
“Reflexões de um preso político“
A elite tecnocrática nomeada e vitalícia, destruiu a crença de nosso povo na democracia. Qual o principal sentimento, a principal convicção, a principal certeza de fidúcia e confiança no regime da lei e da ordem? A correta, diligente e honesta aplicação da lei. Essa é a garantia da existência da justiça e sua aplicação. Segurança jurídica, igualdade, igualdade. O orgulho causado de brios e felicidades do povo brasileiro decorreu de saber que os poderosos foram alcançados pela espada da Justiça. A operação Lava Jato e suas consequências gerou expectativas, mais, convicções, de que todos são iguais perante a lei. Orgulho: igualdade perante a lei.
Políticos, juízes e empresários corruptos sendo presos e condenados à prisão e obrigados a devolver o fruto do malfeito. A Papuda virou pensão dos papudos. Houve um momento de absoluta fé na lei e na ordem democrática. Até que forças satanistas, empalmadas pela sedução dos corruptores e nos comunistas, apascentou o ninho mórbido dos urubus. Os urubus abomináveis que têm se banqueteado com o pão de sangue do nosso povo, e saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias cristãs do Brasil.
Os abutres traíram o povo honrado da pátria amada. Anularam, isto mesmo, anularam as sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato. Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça. O que dizer a nossos filhos? O que? Traíram a boa fé do povo. Acumpliciaram-se aos gatunos. Desonraram a sagrada balança e a varonil espada. O que dizer a nossos filhos e netos? Basta! Há que haver um ponto final a esse estado tematológico de monstruosidades jurídicas. Xô urubus! Vocês traíram o povo do Brasil. Traíram nossa nação. Traíram a pátria amada. Escarneceram do Espírito Santo, pois defraudaram a nossa fé. Supremo é o povo. Sete de setembro rugirá a nossa indignação. Xô urubus! Vão pousar noutra comarca.”
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